Pesquisa de gás no centro de Moçambique conhecida em 2024
15 de agosto de 2022Os resultados da pesquisa de gás natural no bloco de Búzi, no centro de Moçambique, vão ser conhecidos dentro de dois anos, disse o presidente do Instituto Nacional de Petróleos, Nazário Bangalane, citado esta segunda-feira (15.08) pela imprensa.
As perfurações, liderada pela empresa Buzi Hydrocarbons, começaram em 2019, mas foram interrompidas em 2020, devido à pandemia da Covid-19.
"Após a empresa Buzi Hydrocarbons ter concluído com sucesso a perfuração de dois furos de pesquisa e que culminaram com a descoberta de gás natural nas formações Grudja Superior e Grudja Inferior, entrou-se em trabalhos de avaliação que poderão exigir a aquisição de dados de sísmica 2D/3D adicional e abertura de outros furos para mais avaliações", explicou Nazário Bangalane, citado pelo diário moçambicano Notícias.
A abertura de cada um dos furos de pesquisa estava avaliado em 13,2 milhões de euros, segundo dados do INP avançados em 2020.
A empresa da indonésia Buzi Hydrocarbons detém 75% dos direitos sobre o Bloco de Búzi e o Governo moçambicano 25%, através da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH).
A intenção de investir na pesquisa de gás em Búzi, cujos registos de possível ocorrência datam de 1962, foi anunciada em 2015 e, na altura, o plano era perfurar cerca de 15.225 pés de profundidade nos poços de BD1 e BD2, ambos no interior do campo de gás de Búzi.
A empresa indonésia anunciou o início das perfurações em 2019, altura em que a única exploração comercial de gás natural nas proximidades daquele ponto estava a ser feita pelo grupo sul-africano Sasol.