Liverpool vence em Manchester e está na meia-final, dez anos depois. Roma "remonta" Barcelona e chega às "meias" pela primeira vez na história da "Champions".
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AS Roma 3-0 Barcelona
É a grande surpresa da Liga dos Campeões. Depois da goleada do Barcelona à Roma, na 1ª volta, em Camp Nou, por 4-1, os romanos venceram por 3-0 (4-4) e estão na meia-final da prova milionária.
A noite do regresso dos "gladiadores"
Edin Džeko, autor do único golo da Roma, na 1ª volta, deu o início à "remontada", abrindo o marcador logo ao minuto 6 da primeira parte. Já na 2ª parte, Džeko sofre uma rasteira, dentro da área, sobre o defesa-central espanhol, Piqué. O capitão Daniel de Rossi converteu o pontapé de grande penalidade e fez o 2-0.
Com pouco mais de meia hora para jogar, os romanos acreditaram e o golo da vitória surgiu ao minuto 82. Cengiz Under bateu o pontapé de canto, onde ao 1º poste, completamente sozinho, o central grego, Manolas, antecipou-se à defesa catalã adormecida e fez o 3-0.
A Roma nunca esteve na meia-final no formato "Liga dos Campeões", que veio substituir a Taça dos Clubes Campeões Europeus, em 1992/93.
Coincidência ou "feitiço"?
Uma curiosidade: Desde 2007, ano de estreia de Leonel Messi pelo Barcelona na Liga dos Campeões, sempre que o argentino não marcou nos "quartos", o Barcelona nunca passou à meia-final da prova milionária.
Manchester City 1-2 Liverpool
O Manchester City precisava de uma exibição de "campeão" para ultrapassar o Liverpool. Os "citizens" estiveram a vencer desde muito cedo, mas a falta de finalização, erros de arbitragem e Guardiola expulso, tudo na 1ª parte, dificultaram o sonho do clube de chegar às "meias" da "Champions", que se tornou impossível de concretizar quando o Liverpool empatou e deu a volta ao marcador. 1-2 para os "reds".
Contrapressão venceu a posse de bola
O Manchester City precisava de marcar cedo no jogo para conseguir ultrapassar o Liverpool e o 3-0 sofrido na primeira volta, em Anfield Road. O City entrou a todo o gás e abriu o marcador logo ao segundo minuto de jogo, depois de um erro infantil do defesa holandês, Virgil van Dijk.
Com 88 minutos ainda pela frente, o City não tirou o pé e pressionou muito. A linha defensiva muito alta permitiu uma construção de jogo mais avançada no terreno, o que levou o Liverpool a baixar as suas linhas defensivas e muito, de modo a que, em algumas alturas do jogo, o tridente ofensivo dos "reds", Salah, Mané e Firmino, posicionou-se atrás da linha do meio-campo.
Ao minuto 42, polémica em Manchester. Leroy Sané fez o 2-0, mas a equipa de arbitragem assinalou um fora-de-jogo, mal tirado. O lance motivou muitos protestos de Guardiola, que ao intervalo foi ter com o árbitro da partida, o compatriota Mateu Lahoz, e acabou expulso, depois de o ter mandado calar.
Na 2ª parte, o City não entrou em jogo como nos primeiros 45 minutos e o Liverpool subiu as linhas e começou a pegar no jogo. Ao minuto 56, Moh Salah fez o empate a uma bola e quase selou a eliminatória para o Liverpool. Mais tarde, ao minuto 77, Robert Firmino aproveitou a asneira do defesa do City, Otamendi, e bateu Ederson. 2-1 em Manchester. O Liverpool está de regresso à meia-final da Liga dos Campeões, dez anos depois.
11 golos que ficaram para a história do futebol
Bicicletas. Escorpião. Calcanhar. Até com a mão! Eis alguns golos que imortalizaram jogadores no desporto-rei.
Foto: Reuters/M. Pinca
A "bicicleta" de Cristiano Ronaldo (2018)
"Foi o melhor golo da minha carreira". Palavras do autor desta obra de arte. Cristiano Ronaldo, o melhor jogador do mundo, 649 golos. Só faltava mesmo um golo acrobático de CR7. O Real Madrid foi até Turim, jogar a primeira mão dos "quartos" da Champions. A partida estava 0-1 a favor do Real (golo de Ronaldo) quando o português marcou este golo. E o estádio levantou-se e aplaudiu.
Foto: Reuters/M. Rossi
"Escorpião" (2017)
É o atual detentor do "Prémio Puskás". Olivier Giroud foi autor do melhor golo de 2017. O avançado francês, agora ao serviço do Chelsea, fez o melho golo da carreira, pela camisola do Arsenal. O gigante recebeu um cruzamento atrasado de Alexis Sanchez e, por isso, resolveu marcar de calcanhar, em mergulho, de frente para a baliza. Acaso ou propositado? Fica um golo mágico para a história recordar.
Foto: picture-alliance/empics/A. Davy
"Arco de Zizou" (2002)
Passados quase 16 anos, é para muitos, o melhor golo de sempre na história da Liga dos Campeões. A final da "Champions" em 2002, em Glasgow, recebeu o Real Madrid e o Bayer Leverkusen. A partida estava empatada, 1-1, quando pouco antes do intervalo, Zinédine Zidane fez um golo para a vida. Cruzamento do lendário, Roberto Carlos, bola a cair do céu, e saiu um disparo de "Zizou".
Foto: picture-alliance/dpa/N. Sipmson
"Chapelaço amarelo" (1997)
Lars Ricken foi uma das promessas do futebol alemão, na década de 90. Passou toda a carreira ao serviço do Borussia de Dortmund e esteve num dos momentos mais altos da história do clube alemão. Corria a final da Liga dos Campeões, em 1997, o Dortmund vencia a Juventus por 2-1, quando Ricken entrou e 16 segundos depois, fez um chapelaço ao mítico Peruzzi e selou a única "Champions" do Dortmund.
Foto: picture-alliance/dpa
"Mão de Deus" (1986)
Diego Armando Maradona é considerado um dos melhores da história do futebol mundial. Tal como este golo. Recuemos até ao Mundial de 1986. Argentina e a anfitriã, Inglaterra, disputaram os quartos-de-final da prova. Depois de um golo em que deixou metade da equipa inglesa para trás, Maradona subiu aos céus para marcar com o braço esquerdo. Um gesto que apenas "El Pibe" faria.
Foto: picture-alliance/Sven Simon
"Calcanhar de Alá" (1987)
É um dos golos mais brilhantes da história do futebol mundial. Corria o ano de 1987, em Viena, Áustria. O FC Porto enfrentava o poderoso Bayern de Munique na final da Taça dos Clubes Campeões Europeus. Entre as estrelas, surgiu um génio: Rabah Madjer. Os dragões perdiam, já na segunda parte, quando o argelino fez o impensável. Em vez de uma recarga normal, Madjer marcou de calcanhar.
Foto: picture-alliance/empics
"Golo do Século" (1977)
Foi num jogo particular entre a Alemanha e a Suíça que nasceu o "golo do século". Klaus Fischer, avançado que passou maior parte da carreira no Schalke 04, fez um golo de bandeira, que deixou a Alemanha, que estava separada pelo muro de Berlim, unida na hora de qualificar a grandeza do golo do jogador que alinhou pela RFA (República Federal Alemã).
Foto: Getty Images/AFP
"Penálti à Panenka" (1976)
Em 1976, jogava-se o Campeonato da Europa na antiga Jugoslávia. A Checoslováquia jogou a final frente à Républica Federal da Alemanha. A partida foi para penálties. No derradeiro pontapé, o checo Antonín Panenka picou levemente a bola para o meio da baliza. A Checoslováquia foi campeã da Europa e com ela nasceu o lendário e hoje reproduzido no futebol moderno "penálti à Panenka".
Foto: Imago
"Pantera Negra" (1966)
É uma das imagens que marcou o futebol mundial. Em 1966, Portugal foi eliminado do Campeonato do Mundo pela Inglaterra. Quem não mereceu foi Eusébio. Foi o melhor marcador da prova, com 9 golos. O avançado moçambicano, que jogou pelas cores de Portugal, é considerado um dos melhores de todos os tempos. 733 golos em 745 jogos. O primeiro "Bola de Ouro" do futebol português e africano.
Foto: Hulton Archive/Getty Images
"O Rei" (1958)
Para muitos, Pelé é o melhor jogador da história do futebol. Indiscutivel foram os 825 golos em toda a carreira. E golos como este. Final do Mundial de 1958, Brasil - Suécia. Pelé dominou de peito, fez um "cabrito" a um defesa e, de primeira, fez o golo. O Brasil venceu por 5-2 e ganhou o seu primeiro Mundial. Pelé tornou-se o mais jovem a conquistar um Mundial de futebol, com 17 anos.
Foto: picture-alliance/AP Photo
"Criador da bicicleta" (1950)
"Signor Rovesciata". Carlo Parola foi um defesa italino, que teve como apogeu a sua carreira na Juventus. Realizou mais de 300 jogos pela equipa de Turim. E foi num desses tantos jogos que Carlo Parola, em 1950, "inventou" o remate invertido, hoje conhecido como "pontapé de bicicleta". Esta novidade viria a tornar-se o logótipo da "Panini", fabricante de "cromos" do futebol mundial.