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Reviravolta na FRELIMO: Anulada eleição interna na Zambézia

af
6 de junho de 2024

Comissão política da FRELIMO anulou processo eleitoral interno na província moçambicana da Zambézia, em que se definiriam candidatos às eleições de outubro. Braço feminino do partido está revoltado com "lugares pagos".

Foto ilustrativa: Marcha da FRELIMO na Zambézia em julho de 2023
Foto: Marcelino Mueia/DW

A Comissão Política da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO, partido no poder) mandou anular todo o processo de eleição de candidatos a deputados da Assembleia da República e membros da Assembleia Provincial na Zambézia.

A decisão surge horas depois da Organização da Mulher Moçambicana (OMM), braço feminino da FRELIMO, na província da Zambézia, ter denunciado numa carta submetida ao presidente do partido, Filipe Nyusi, irregularidades na eleição dos candidatos a deputados da Assembleia da República, para a próxima legislatura.

Na carta, a OMM alega a venda de assentos para jovens empresários e a desvalorização das mulheres. Diz que o partido teria atribuído apenas 13% dos assentos na Assembleia da República à OMM, contra nove da Organização da Juventude Moçambicana (OJM).

"Nós, as mulheres da Zambézia, solicitamos a reposição dos nossos assentos por direito, que foram entregues aos jovens empresários por terem pago valores avultados e às namoradas dos chefes do partido", denunciou a OMM.

O jornal Diário da Zambézia escreve que o atual governador da província, Pio Matos, que foi candidato único, não conseguiu votos suficientes para a sua reeleição.

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