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Cabo Delgado: Ruanda planeia envio de tropas, diz agência

mp
25 de junho de 2021

Agência de notícias Bloomberg publica que o Ruanda planeia enviar tropas para ajudar Moçambique a combater uma insurreição em Cabo Delgado. Reportagem, no entanto, não cita confirmação do Governo moçambicano.

Symbolbild Ruanda Militär Karenzi Karake verhaftet
Imagem ilustrativa de soldados raundesesFoto: Getty Images/AFP/E. Musoni

A agência especializada em notícias económicas Bloomberg publicou esta quinta-feira (25.06) que o Governo do Ruanda planeia o envio de tropas para ajudar Moçambique a combater o grupo armado em atividade em Cabo Delgado. 

"Há planos para destacar [tropas para a região], mas os planos ainda não estão finalizados", disse o porta-voz das Forças de Defesa do Ruanda, Ronald Rwivanga, por telefone, à reportagem da Bloomberg, assinada por Saul Butera, Matthew Hill e Borges Nhamirre.

Desde os finais de maio, a DW África adianta a possibilidade de o Ruanda estar perto de apoiar Moçambique a combater o terrorismo em Cabo Delgado e discute as implicações e os interesses por trás de tal apoio.

Verônica Macamo, ministra dos Negócios Estrangeiros de Moçambique, e o porta-voz das Forças Armadas, Omar Saranga, não responderam às solicitações de entrevistas da equipa do órgão de imprensa.

Nyusi e Kagame encontraram-se em abril

"Estamos a entrar em guerra"

A Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, que não conta com o Ruanda entre os seus 16 estados membros, também planeia o emprego da força na província de Cabo Delgado.

A reportagem lembra que o Presidente moçambicano Filipe Nyusi visitou o seu homólogo ruandês Paul Kagame em abril. Os dois líderes discutiram questões incluindo a luta contra o terrorismo, informou na altura a emissora estatal ruandesa.

Moçambique ainda não informou à SADC sobre qualquer reforço planeado pelo Ruanda, segundo informou Stergomena Tax, secretária-executivo do bloco da África Austral. O Tax recusou-se a comentar quando a SADC enviaria tropas, dizendo apenas que isso aconteceria em breve e "com a maior urgência possível", e que incluiria soldados dos países membros.

"Estamos a entrar em guerra", disse ela por telefone à equipa da Bloomberg.

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