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Meio AmbienteSão Tomé e Príncipe

STP: Cheias levam Governo a pedir ajuda internacional

30 de dezembro de 2021

Duas pessoas morreram e dois pescadores encontram-se à deriva no alto mar depois das fortes chuvas que cairam em São Tomé e Príncipe. O Presidente da República mobiliza apoio para a reconstrução e o auxílio às vítimas.

Schwere Regenfälle treffen Sao Tome und Príncipe

Aos poucos a vida regressa à normalidade em São Tomé e Príncipe, depois de quatorze horas de chuvas intensas que cairam na terça-feira (28.12). Mas a extensão dos danos anuncia-se imensa: pontes e casas destruídas e famílias ao relento são algumas das imagens que marcam a catástrofe natural.

As chuvas torrenciais também mergulharam os comerciantes no centro do País em grandes dificuldades.

"É um prejuízo muito elevado, esperemos que nos apoiem, que tenhamos aqui alguns apoios, porque somos investidores estrangeiros”, diz um investidor.

Duas crianças, uma de sete anos e outra de um ano e 8 meses, que residiam na berma de rios, foram arrastadas pelas águas fluviais.

"A água arrastou-me cerca de vinte metros, até lá em baixo. A criança saiu das minhas mãos. Eu bati contra coqueiro”, conta uma vítima.

As cheias levaram as autoridades de São Tomé a mobilizar apoios

Reconstrução em curso

As intempéries tropicais destruíram pontes e estradas antigas e em mau estado de conservação. O trânsito está cortado na via que liga o aeroporto à capital devido ao desabamento de uma ponte.

As empresas de construção ajudam o Governo a recuperar as estradas, como explicou à DW o empreiteiro António Alves: "Temos neste momento uma máquina em Lembá (norte de São Tomé) a tirar derrocadas das estradas. Tiramos lixo ontem na Ponte Agua Grande, abrindo os canais dos rios e riachos para permitir a sua maior circulação".

Está em curso uma operação de busca e salvamento em terra e no mar. Dois pescadores da zona norte de São Tomé estão desaparecidos. O Presidente da República, Carlos Vila Nova, mobilizou as forças armadas para auxiliar as vítimas e visitou as zonas afetadas.

"Há infraestruturas destruídas, quem vê pela primeira vez parece que saímos de um cenário de guerra de tal destruição. Bom, isto leva-me a pensar neste momento na solidariedade no espírito de resiliência dos são-tomenses", diz em jeito de apelo.

Enchentes danificaram estradas de São ToméFoto: Ramusel Graça/DW

Autoridades procuram ajuda internacional

O Governo anunciou o estado de calamidade para os próximos quinze dias. Anunciou igualmente a criação de um fundo para as vítimas. A ministra dos Negócios Estrangeiros, Edite Tenjua r,euniu-se, na quarta-feira (29.12) à noite, com os parceiros internacionais de desenvolvimento e apelou à ajuda humanitária.

"Solicitar por parte do Governo, qualquer apoio que possa ser dado da parte da cooperação, seja ela bilateral ou multilateral, para que possamos em conjunto fazer face a esta situação", entende. 

Uma equipa multissectorial faz o levantamento do apoio requerido para apresentar aos parceiros. As 28 estações de alerta precoce falharam na previsão meteorológica.

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