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EconomiaSão Tomé e Príncipe

São Tomé e Príncipe já está a receber combustível

Lusa | DW (Deutsche Welle)
23 de junho de 2023

Depois de mais de duas semanas de crise que praticamente paralisaram São Tomé e Príncipe por causa das dificuldades de abastecimento, o país começou esta manhã a receber combustível.

Foi a maior crise de combustíveis da história de São Tomé e Príncipe
Foto: Getty Images/AFP/I. Sanogo

"As bombas de gasolina já estão a ser abastecidas", disse esta sexta-feira à agência de notícias Lusa o primeiro-ministro são-tomense, Patrice Trovoada.

O combustível veio do Togo, após um navio mais pequeno ter feito a trasfega em alto mar e ter conseguido atracar na ilha de São Tomé, revelou o chefe do Governo, que prometeu apurar responsabilidades sobre as dificuldades de abastecimento.

Entretanto, também a petrolífera angolana Sonangol "aceitou antecipar a entrega que estava programada para final deste mês", disse o diretor administrativo e financeiro da Empresa de Combustíveis e Óleo (ENCO), Orlando da Mata.

Foram encontradas parcerias internas para evitar o colapso do país, nomeadamente 500 mil litros de gasóleo disponibilizados pela Voz da América, revelou ainda Orlando da Mata, que também é deputado da Ação Democrática Independente (ADI, no poder).

Patrice Trovoada, primeiro-ministro são-tomenseFoto: Ramusel Graça/DW

Maior crise de combustíveis de sempre

Foi a maior crise de combustíveis da história de São Tomé e Príncipe. As gasolineiras deixaram de vender combustíveis há duas semanas, com os reservatórios a atingir níveis críticos. A economia ficou praticamente paralisada e toda a cadeia de negócios foi afetada.

A compra dos combustíveis ao Togo custou ao Governo 11 milhões de dólares. A petrolífera angolana Sonangol passou a fornecer os combustíveis a São Tomé e Príncipe a pronto pagamento, devido uma dívida que o país acumula há vinte anos, estimada em 300 milhões de dólares.

A atuação do Governo gerou duras críticas da oposição. Jorge Bom Jesus, ex-primeiro-ministro e presidente do maior partido da oposição, o Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe - Partido Social Democrata (MLSTP/PSD), acusou o Executivo de Patrice Trovoada de "amadorismo e incompetência técnica e política" na gestão da crise.

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