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PolíticaSão Tomé e Príncipe

São Tomé e Príncipe sem recenseamento antes das eleições

29 de junho de 2022

A Comissão Eleitoral Nacional diz que já não há tempo para fazer o recenseamento antes das eleições legislativas, regionais e autárquicas de 25 de setembro. A oposição tinha pedido o registo dos novos eleitores.

Recenseamento eleitoral em Portugal, julho de 2021
Foto de arquivoFoto: Botschaft von Sao Tome und Principe in Lissabon/DW

O presidente da Comissão Eleitoral, José Carlos Barreiro, disse esta quarta-feira (29.06) que já não há tempo para realizar o recenseamento nacional, antes das eleições.

"Analisámos essa questão na nossa plenária e chegámos à conclusão, entre todos os membros, que era necessário fazer o recenseamento. Todos estão de acordo que isto era necessário, mas que não há tempo material possível para realizar o recenseamento agora", disse o responsável em declarações aos jornalistas.

Segundo José Carlos Barreiro, é necessária "uma antecedência mínima de seis meses" para fazer o recenseamento.

"Como estamos a menos de três meses das eleições, não conseguimos fazer o recenseamento eleitoral para as próximas eleições de 25 de setembro. Fizemos uma série de simulações para ver se seria possível e chegámos à conclusão que não é."

Recenseamento prejudica partido no poder?

A Ação Democrática Independente (ADI), maior partido da oposição, e a União para Mudança e Progresso do Príncipe apelaram à realização do recenseamento antes da marcação da data das eleições. Mesmo assim, o Presidente da República, Carlos Vila Nova, decidiu avançar com a data de 25 de setembro.

A oposição desconfia que não há interesse em registar novos eleitores, que a poderiam favorecer nas urnas. Para já, a ADI não se pronunciou sobre o posicionamento da Comissão Eleitoral Nacional.

Numa primeira reação, Danilo Santos, líder da bancada do MLSTP/PSD, no poder, reiterou o que o partido já dissera no passado. "Que, tecnicamente, não havia espaço para recenseamento. Olhando para a legislação em vigor, não há como fazer a atualização do caderno eleitoral. Estamos no período eleitoral, a atualização neste molde não se enquadra."

Sendo assim, votam nas eleições legislativas e autárquicas de 25 de setembro os 123 mil eleitores inscritos nas presidenciais do ano passado.

O presidente da Comissão Eleitoral Nacional, José Carlos Barreiro, afirma que os preparativos já começaram: "Aprovámos o mapa calendário das nossas ações, que vamos tornar público através da comunicação social, e já designámos todos os coordenadores distritais, regional e para a diáspora".

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