À meia-noite desta sexta-feira (05.10.), encerra em STP a caça ao voto com vista às eleições legislativas, autárquicas e regionais de 7 outubro. Durante quinze dias, os candidatos andaram a mobilizar votos dos eleitores.
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O maior partido da oposição em São Tomé e Príncipe quer tirar a Ação Democrática Independente (ADI) do poder. O cabeça de lista do MLSTP/PSD, Jorge Bom Jesus, foi no último dia de campanha ao distrito de Me-Zochi, uma região determinante para vencer as eleições legislativas.
"O MLSTP libertou este povo em 1975 e vai libertá-lo novamente, do desemprego da fome da corrupção e outros males, que assolam a sociedade são-tomense", lembrou Jesus.
O líder do Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe - Partido Social-Democrata diz que está confiante na vitória: "Se não houver batota, no dia 7 eu serei primeiro-ministro deste país. Nós vamos dar uma lição de democracia e vamos inaugurar uma nova era de desenvolvimento, sem populismo. Eu sei que temos indicadores muito adulterados; esse país não é de desenvolvimento médio coisa nenhuma."
A coligação da mudança
Jorge Bom Jesus afirma, por exemplo, que a taxa de desemprego em São Tomé e Príncipe está muito acima dos 13,6%, avançados pelo Instituto Nacional de Estatística. Mas o partido não é o único a querer afastar a ADI.
Em conjunto, o PCD, MDFM e UDD assumem-se como a coligação da mudança. De acordo com Delfim Neves, vice-presidente do PCD, "todos os militantes do partido da mudança só têm que fazer uma escolha, aqueles que acham que estamos mal, que devemos dar a volta à situação, têm que votar no quadradinho número. Não há outra escolha, ou somos nós ou são eles."
STP: Termina a campanha eleitoral
Um dos dossiers que a oposição mais criticou nesta campanha foi a reforma da Justiça, depois da eleição, em julho, de novos juízes conselheiros para o Supremo Tribunal de Justiça. Na altura, Delfim Neves levantou dúvidas quanto à legalidade das nomeações.
Agora, pede aos eleitores para, no domingo (07.10.), irem votar o mais cedo possível, para retirar a ADI do poder: "Nós temos que votar em primeiro lugar. Podemos estar aborrecidos, revoltados. No dia, 7 a única forma de manifestar essa revolta, a única forma de dizer basta, é ir votar e votar cedo."
Trovoada reconhece falha
O primeiro-ministro cessante e candidato da ADI, Patrice Trovoada, diz que a escolha é clara "sem maioria absoluta, não se governa. A oposição está coligada: MLSTP PCD MDFM-UDD. Existem dois blocos claros, o que nós chamamos a troika e o ADI. Por conseguinte haverá maioria absoluta, ou do ADI ou da troika."
Trovoada reconhece que, nos últimos anos, falhou no combate ao desemprego jovem. Mas promete agora novos projetos, para revitalizar a economia. No domingo (07.10.), contará com o voto dos eleitores do mundo rural.
"Nós temos uma vantagem nas zonas rurais. Na zona urbana, a classe média apercebeu-se menos dos avanços. Por isso, onde estamos mais fortes, queremos consolidar a posição", afirma Patrice Trovoada.
A campanha eleitoral termina à meia-noite desta sexta-feira (05.10.).
STP: Semana da moda privilegia cultura africana
Chegou ao fim, este fim de semana, a 1ª edição do São Tomé Fashion Week. A iniciativa contou com a participação de vários estilistas são-tomenses, angolanos e portugueses.
Foto: DW/R. Graca
1ª Edição do STPFW
O São Tomé e Príncipe Fashion Week (STPFW) quer fazer do país "uma referência no panorama dos eventos de moda internacional". A iniciativa, que decorreu de 24 a 29 de julho, foi a concretização da ideia de um casal empreendedor que, com o evento, pretende revolucionar a moda em São Tomé e Príncipe, criando espaços para divulgação do trabalho de artistas são-tomenses talentosos.
Foto: DW/R. Graca
Participação dos PALOP
A iniciativa reuniu estilistas e designers de moda de Portugal, Angola e São Tomé e Príncipe. Marcaram presença, entre outros, os portugueses Filipe Faísca e Dino Alves, as são-tomenses Antonieta Almeida, Roseli Silva, e as angolanas Nadir Tati e Hassie Oliveira.
Foto: DW/R. Graca
Sensualidade feminina
Filipe Faísca apresentou ao público as suas coleções dos três últimos verões. O estilista gosta de trabalhar a mulher e a sua sensualidade, estilo que, no seu entender, mudam a perceção do conceito da mulher africana, ressalvando a sua sensualidade.
Foto: DW/R. Graca
Moda e ecologia
Através de roupas sensuais e cores frias, o português Dino Alves trouxe para o STPFW coleções que alertam para a necessidade de se preservar a natureza, face às mudanças climáticas que têm vindo a acontecer. Para o estilista, São Tomé e Príncipe é um exemplo de como um paraíso deve pautar respeito pelo clima.
Foto: DW/R. Graca
Tecidos africanos
"Risort", de Roseli Silva, é uma coleção muita fresca para homens e mulheres. A estilista confecionou peças que podem ser usadas em festas, jantares, passeios ou idas à praia. Todas as roupas são feitas com tecidos africanos, uma forma de valorizar a cultura deste continente.
Foto: DW/R. Graca
Rainha Angolar
Nadiareth Barros inspirou-se nas suas raízes familiares - avós angolanos e são-tomenses - para criar a coleção que apresentou neste desfile. De nome "Rainha Angolar", a coleção de Nadiart Barros resulta de uma mistura de tecidos de padrões africanos e é uma forma que a estilista encontrou de homenagear as mulheres angolares.
Foto: Ramusel Graça
Coleção de Antonieta Almeida
Antonieta Almeida brindou também os presentes com os seus trabalhos. Esta que é uma das mais populares estilistas são-tomenses, apresentou várias coleções para este verão, entre elas, roupas para noites de gala e para o dia-a-dia. No final, mostrou-se maravilhada.
Foto: DW/R. Graca
Desfiles e workshops
O São Tomé e Príncipe Fashion Week arrancou no jardim do Fortim de São Jerónimo, no Hotel Pestana, passou pelo Museu Nacional, e terminou no Palácio dos Congressos, com uma audiência repleta. O evento contou com várias atividades, das quais se destacam os workshops (Cabelos Afro, Fotografia, Backstage) e os desfiles de moda.
Foto: DW/R. Graca
Regresso em 2018
Os artistas mostraram-se satisfeitos com o balanço final, tendo todas as peças apresentadas sido requisitadas. Os organizadores do evento , que quer "promover e evidenciar os costumes e tradições da cultura são-tomense", pretendem trazer mais moda a São Tomé e Príncipe, em 2018..