Secretário da Defesa dos EUA prossegue périplo em Angola
27 de setembro de 2023Lloyd Austin vai ser recebido esta quarta-feira (27.09), em Luanda, pelo Presidente angolano, João Lourenço.
"Os Estados Unidos e Angola vão continuar a reforçar a sua parceria para a promoção da paz, segurança e governação baseada no Estado de direito", escreveu o responsável norte-americano no X (ex-Twitter), à chegada à capital angolana.
Durante a visita a Luanda, Lloyd Austin irá focar-se "na construção de relações de defesa mais fortes e na exploração de caminhos para uma maior cooperação militar entre militares entre os EUA e Angola", destacou o Departamento de Defesa em comunicado.
A escolha de Angola como um dos países a ser visitado "demonstra claramente a importância geopolítica de Angola, no que concerne às questões ligadas aos interesses de defesa americana a nível do sistema internacional, com particular realce no continente africano", disse à Lusa o analista angolano Osvaldo Mboco.
Para o especialista em questões internacionais, esta visita poderá estreitar ainda mais as relações entre os dois países no que se refere às questões ligadas à defesa e segurança.
"Angola é um país estável do ponto de vista político e militar, tem um dos exércitos mais organizados e equipados no continente africano, e nos últimos tempos o Presidente João Lourenço é um dos principais articulistas do continente africano nas matérias ligadas à defesa e segurança e gestão e resolução de conflitos", destacou ainda Mboco.
Reforçar compromisso com África
O secretário da Defesa dos EUA chega a Luanda no âmbito de um périplo africano que o levou já ao Djibuti e ao Quénia. Lloyd Austin iniciou a sua primeira viagem a África no domingo (24.09), no Djibuti, na base militar norte-americana, para "reafirmar um compromisso duradouro com a região".
Esta presença do representante dos EUA no continente africano tem também como objetivo a discussão de "soluções lideradas por africanos para desafios de segurança mútuos e sublinhar a importância das parcerias dos Estados Unidos no continente".
A deslocação decorre numa altura em que o continente africano enfrenta vários desafios ligados à segurança, nomeadamente golpes de Estado, terrorismo, conflitos e outras questões que põem em causa a soberania dos Estados.