Presidente Macky Sall, desde 2012 no poder, tenta a reeleição numa corrida com mais quatro candidatos. Votação está programada para 24 de fevereiro.
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Começou neste domingo (03.02), no Senegal, a campanha eleitoral para as presidenciais, programadas para 24 de fevereiro. Junto com o Presidente Macky Sall, que busca a reeleição, mais quatro outros candidatos estão na disputa.
Além de Sall, o opositor Ousmane Sonko, o ex-primeiro-ministro Idrissa Seck, o advogado Madické Ninag e o líder do Partido pela Unidade e Congregação (PUR), El Hadji Sall, tentarão conquistar os votos dos eleitores senegaleses durante o período de campanha, que decorre até dia 22.
Macky Sall procura a reeleição depois de ter vencido a segunda ronda das últimas eleições presidenciais, em 2012, com pouco mais de 1,9 milhões de votos (65,8%), depois de na primeira volta ter sido o segundo candidato com mais votos, atrás de Abdoulaye Wade.
Fora da disputa
Numa lista provisória publicada inicialmente pelo Tribunal Constitucional do Senegal, constavam as candidaturas de duas figuras proeminentes da oposição, o ex-presidente da Câmara de Dacar Khalifa Sall e o ex-ministro Karim Wade, tendo sido ambas excluídas devido a condenações por peculato.
Khalifa Sall foi condenado em 2018 a cinco anos de prisão e multado em cinco milhões de francos CFA (7.625 euros) por falsificação de registos comerciais e documentos administrativos, fraude fiscal e lavagem de dinheiro.
Por sua vez, Karim Wade, filho do ex-Presidente Aboudalaye Wade (2000-2012), foi condenado em 2015 a seis anos de prisão e uma multa de 138.000 milhões de francos CFA (210 milhões de euros).
Em 2016, Karim Wade foi indultado por Macky Sall, embora tivesse mantido a multa e, após a sua libertação, foi para o exílio no Qatar, até que decidiu voltar em 2018 para se apresentar como candidato. Mas a lei eleitoral senegalesa não permite a candidatura e nem o voto de pessoas condenadas à prisão por cinco anos ou mais.
2012: Eleições no Senegal
Em 25 de março de 2012, Macky Sall venceu a segunda volta das presidenciais no Senegal. Abdoulaye Wade aceitou a derrota e angariou simpatia mundial. Comunidade internacional elogia votação.
Foto: AP
Sall vence segunda volta - Wade aceita derrota
No último domingo (25.03), Macky Sall venceu a segunda volta das presidenciais no Senegal. Abdoulaye Wade aceitou a derrota e angariou simpatia mundial. O presidente da comissão da UA, Jean Ping, falou sobre "maturidade da democracia". O porta-voz da UE, Michael Mann, considerou "um muito bom exemplo". O líder francês, Nicolas Sarkozy, felicitou Wade.
Foto: REUTERS
Declarações do presidente eleito
"Nesta noite de domingo, um resultado saiu das urnas, o grande vencedor é o povo senegalês", declarou Macky Sall numa conferência de imprensa garantindo que será "o presidente de todos os senegaleses". O sufrágio presidencial decorreu de forma pacífica no Senegal e tem sido elogiado pela comunidade internacional.
Foto: REUTERS
Manifestações de apoio a Sall
Apoiadores do candidato da oposição e vencedor das presidenciais 2012 manifestam alegria com a vitória de Macky Sall, que venceu na segunda volta do escrutínio. Os partidários de Sall quiseram mostrar ao mundo sua satisfação com a vitória.
Foto: REUTERS
Macky Sall novo presidente do Senegal - Abdoulaye Wade abandona o poder
O ex-primeiro-ministro do Senegal, Macky Sall, foi eleito no domingo (25.03) presidente do país, colocando fim a 12 anos de poder de Abdoulaye Wade. Este reconheceu a sua derrota nas eleições presidenciais no país, quando os primeiros resultados deram conta de um grande avanço de Macky Sall. Wade candidatava-se a um terceiro mandato, mas foi obrigado a disputar uma segunda volta com Sall.
Foto: AP
Festa nas ruas
Momentos depois de Abdoulaye Wade admitir a derrota nas presidenciais 2012, milhares de pessoas invadiram as ruas da sede do partido político de Macky Sall, cantando, dançando e fazendo soar alto as buzinas dos carros. Os observadores não esperavam que Wade aceitasse a derrota. Apesar de um período pré-eleitoral marcado por protestos e tensão, o escrutínio decorreu de forma pacífica no Senegal.
Foto: REUTERS
Abdoulaye Wade admite derrota e parabeniza rival
O presidente do Senegal, Abdulaye Wade, admitiu a derrota nas eleições presidenciais do último domingo (25.03), quando os primeiros resultados davam conta de um grande avanço do adversário Macky Sall. Segundo a Agência Noticiosa do Senegal, Wade telefonou ao rival para felicitá-lo.
Foto: Reuters
Wade busca votos de última hora
Dias antes da segunda volta das eleições, o presidente do Senegal Abdoulaye Wade foi ao subúrbio de Dacar angariar votos. Apesar do esforço, Wade perdeu o cargo mais importante do país para o rival Macky Sall.
Foto: AP
Segunda volta no Senegal
A candidatura de Abdoulaye Wade para um terceiro mandato não foi bem acolhida no Senegal. A taxa de participação, segundo dados da Comissão Eleitoral Nacional Autónoma (CENA), foi inferior à das presidenciais de 2007. Segundo resultados da primeira volta destas presidenciais (26.02), Wade conquistou 34,8 % dos votos. Macky Sall reuniu 25,5 %.
Foto: Reuters
Macky Sall - de apoiante de Wade a opositor e sucessor
Macky Sall disputou e venceu as presidenciais do Senegal como oposição, mas já foi aliado e até primeiro-ministro de Wade. Macky Sall, de 50 anos de idade, terminou a sua aliança com Wade no ano de 2008. Esteve na presidência da Câmara Municipal da cidade de Fatick, no oeste do Senegal, e agora irá ocupar o cargo mais importante de seu país.
Foto: dapd
Insatisfação popular - repressão
A terceira candidatura de Abdoulaye Wade originou protestos no Senegal. Em 15.02, a polícia reprimiu manifestações em Dacar. Depois da violência pré-eleitoral, que deixou cerca de 15 mortos, segundo diferentes fontes, as duas voltas das presidenciais decorreram num ambiente calmo. (Autores: Johannes Beck/Carla Fernandes/Cris Vieira/LUSA/Reuters Edição: Helena Gouveia/Renate Krieger)