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PolíticaSenegal

Senegal: Líder da oposição foi detido - imprensa

Lusa | AFP
28 de julho de 2023

A polícia senegalesa deteve o líder da oposição Ousmane Sonko, avança a agência de notícias France-Presse.

Opositor senegalês, Ousmane Sonko
Opositor senegalês, Ousmane SonkoFoto: Fatma Esma Arslan/AA/picture alliance

Dois membros do partido de Ousmane Sonko disseram à AFP que o opositor foi detido no final da tarde desta sexta-feira.

"Ousmane Sonko foi detido, havia 'gendarmes' [guardas militarizados] em frente à sua casa", disse à AFP Ousseynou Ly, porta-voz do partido Pastef.

Djibril Gueye Ndiaye, chefe de protocolo do líder da oposição, disse que a guarda "veio e levou-o".

Um alto funcionário da segurança confirmou à AFP que Sonko tinha sido detido, mas não disse porquê.

"Ousmane Sonko acaba de dar entrada na cave do Tribunal", escreveu o advogado francês Juan Branco, que defende o opositor senegalês, numa mensagem na rede social X (antigo Twitter).

Agitação no Senegal

Os bloqueios policiais que se encontravam à porta da casa de Sonko desde 28 de maio, por razões de "ordem pública e segurança nacional", foram levantados na segunda-feira.

Ousmane Sonko foi condenado em 01 de junho a dois anos de prisão por aliciamento de menores, um veredito que o torna inelegível para se candidatar a eleições, de acordo com os seus advogados e juristas. 

Protestos no Senegal a 1 de junho, depois do líder da oposição, Ousmane Sonko, ser condenadoFoto: Zohra Bensemra/REUTERS

A sua condenação provocou, no início de junho, a mais grave agitação dos últimos anos no Senegal, de que resultaram 16 mortos, segundo as autoridades, e cerca de trinta, segundo a oposição.

O porta-voz do governo senegalês, Abdou Karim Fofana, afirmou recentemente que a decisão de deter ou não o político da oposição cabia ao Ministério Público. O ministro da Justiça tinha afirmado, logo após a sua condenação, que Sonko poderia ser detido "em qualquer altura".

O político da oposição, que foi nomeado pelo seu partido como candidato às próximas eleições presidenciais, foi também condenado a uma pena de prisão suspensa de seis meses, em 08 de maio, no âmbito de um recurso por difamação, uma sentença amplamente considerada como tornando-o inelegível para as eleições. 

Sonko já tinha manifestado a intenção de se candidatar às eleições presidenciais do próximo ano.

A condenação ainda não transitou em julgado por Sonko ainda não ter esgotado os recursos para o Supremo Tribunal.

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