Sete mortos em explosões em postos de combustível em Acra
AP | AFP | DPA | cvt
8 de outubro de 2017
Dois postos explodiram na capital do Gana, na noite de sábado (07.10). Dezenas de pessoas ficaram feridas. Assustados, moradores das redondezas deixaram as suas casas. Causas do acidente estão a ser investigadas.
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Acredita-se que um caminão que transportava gás natural tenha explodido em uma estação estatal de gás natural liquefeito, no subúrbio de Legon, fazendo com que um posto de gasolina do outro lado da rua ardesse chamas perto da entrada da cidade.
A causa exata do acidente está a ser investigada, segundo o porta-voz do Serviço Nacional de Bombeiros do Gana, Billy Anaglatey.
Este domingo (08.10), o Ministério da Informação do Gana informou que 68 pessoas foram hospitalizadas após o acidente e dezenas de outras pessoas foram tratadas e liberadas.
As duas explosões resultaram em bolas de fogo e puderam ser ouvidas em toda a cidade de cerca de sete milhões de pessoas. Residentes locais abandonaram suas casas às pressas.
"Infelizmente, há algumas mortes e estamos trabalhando para ter os números", disse o vice-ministro da Informação, Kojo Oppong Nkrumah, a uma estação de rádio local. "Há também um número considerável de feridos", acrescentou.
Mais de 200 funcionários da polícia foram enviados para ajudar a interditar a área. Ainda segundo o vice-minitro, o incêncio foi controlado.
O Governo do Gana prometeu medidas para aumentar a segurança nas estações de combustível em todo o país.
Fotos do local mostraram carros e destroços espalhados pelas estações de combustível.
Legon é um subúrbio da capital e fica perto de alguns alojamentos da Universidade do Gana.
O chefe da Autoridade de Padrões do Gana, Alex Dodoo, disse que houve oito explosões de gás em quatro anos, incluíndo a de junho de 2015, em que mais de 100 pessoas morreram.
Tragédia em Tete
A explosão de um camião-cisterna em Tete, centro de Moçambique, durante um roubo coletivo de combustível causou 93 mortos. Dezenas de famílias ficaram desestruturadas e sem base de sustento.
Foto: DW/A. Zacarias
A explosão
A explosão deste camião-cisterna (17.11) que transportava combustível, em Nhacathale, localidade de Caphiridzange, província de Tete, centro de Moçambique, matou 93 pessoas, segundo o último balanço oficial. Entre as vítimas, há duas grávidas e 12 crianças, que estavam envolvidas no roubo coletivo do combustível, quando se deu a explosão. Há 50 feridos no hospital provincial, 13 em estado crítico.
Foto: DW/A. Zacarias
Camião abandonado
Este camião de uma companhia malauiana transportava dois tanques de combustível. Ter-se-á desviado da rota, para vender combustível a revendedores de rua, segundo a agência Lusa. Mas uma das secções do tanque incendiou-se. Os motoristas ter-se-ão posto em fuga e, na ausência das autoridades, a população começou a retirar combustível da segunda secção do tanque, onde se deu a explosão.
Foto: DW/A. Zacarias
Roubo de combustível fatal
Esta moto foi usada por alguns populares para o transporte de combustível, desde o local onde se encontrava o camião, em Nhacathale, na localidade de Caphiridzange, para as casas dos populares, para posteriormente ser vendido.
Foto: DW/A. Zacarias
Aldeia de luto
Em Nhacathale quase todas as famílias estão de luto. Há órfãos, viúvas e há casas onde todos perderam a vida. Dezenas de famílias ficaram desestruturadas e perderam a base de sustento. No sábado (19.11), pelo menos 22 corpos foram a enterrar no cemitério local.
Foto: DW/A. Zacarias
Causas ainda por apurar
A ministra da moçambicana da Administração Estatal e Função Pública, Carmelita Namashulua, visitou o local da tragédia, cujas causas permanecem incertas, disse.
A ministra anunciou que o Governo criou uma comissão para assegurar que a desintegração das famílias não conduza os sobreviventes para um caos social. A comissão de apoio social deverá fazer um levantamento das necessidades.
Foto: DW/A. Zacarias
Sozinho com 11 filhos
Manuel António ficou viúvo. Tinha duas esposas, as duas morreram carbonizadas no local da tragédia. António tem agora 11 filhos menores à sua guarda. O carpinteiro de 57 anos conta que quando a explosão aconteceu estava no mato à procura de madeira para sua carpintaria.
Foto: DW/A. Zacarias
Lágrimas
Helena chora pela irmã. Muitas famílias estão desesperadas, porque a cada dia há mais mortes no hospital e há novas famílias atingidas ou repetindo o luto. Vários residentes dizem que vai demorar ainda muito tempo até que a aldeia recupere da dor da tragédia.
Foto: DW/A. Zacarias
Famílias desestruturadas
Joseph, de 51 anos, perdeu três elementos da família na explosão do camião-cisterna. Sobrinho, irmão e cunhado, todos morreram no local da tragédia. Moçambique cumpriu três dias de luto nacional.
Foto: DW/A. Zacarias
Sofrimento generalizado
Enquanto se choram os mortos, trata-se dos feridos. O Governo moçambicano anunciou que reforçou a capacidade de intervenção dos serviços de saúde, nomeadamente do Hospital Provincial de Tete, incluindo mais médicos, medicamentos e a disponibilização de dispositivos de climatização para os blocos de enfermaria. Ainda nenhum dos feridos teve alta.
Foto: DW/A. Zacarias
Órfãos
Muitos menores ficaram órfãos em Nhacathale, na sequência da explosão do camião-cisterna que transportava combustível. Na aldeia, quase ninguém sai à rua para consolar os vizinhos em luto, como é tradicional na cultura moçambicana. Isto porque quase todas as casas estão de luto.