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ConflitosCoreia do Sul

Seul e Washington concordam em pôr fim à Guerra da Coreia

DW (Deutsche Welle) | Lusa
29 de dezembro de 2021

Seul e Washington concluíram um projeto de declaração para pôr fim à Guerra da Coreia e trazer a Coreia do Norte de volta às negociações, foi hoje anunciado. Mas observadores duvidam da viabilidade desta iniciativa.

Um soldado norte-coreano e um sul-coreano apertam as mãos na zona desmilitarizada entre os dois países (foto de 12 de dezembro de 2018)Foto: Reuters/South Korean Defence Ministry

A Coreia do Sul e os Estados Unidos da América (EUA) concordam com a importância de uma declaração que ponha fim à guerra na península e "concluíram virtualmente um projeto", disse hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros sul-coreano, Chung Eui-yong, em conferência de imprensa.

O objetivo é assinatura de um tratado de paz para pôr fim à Guerra da Coreia (1950-1953), que terminou apenas com um cessar-fogo, mantendo os dois vizinhos tecnicamente em guerra.

A iniciativa está a ser impulsionada por Seul para trazer a Coreia do Norte de volta à mesa de negociações. "Estamos a explorar várias formas de fazer avançar as conversações com a Coreia do Norte", acrescentou Chung, sem entrar em pormenores, citado pela agência de notícias sul-coreana Yonhap.

Líder norte-coreano Kim Jong-un não está interessado em reuniões com os EUAFoto: KCNA /dpa/picture alliance

Viabilidade levanta dúvidas

Alguns observadores duvidam da viabilidade desta iniciativa, destinada a trazer Pyongyang de volta às conversações de desnuclearização da península coreana.

"Embora a Coreia do Norte tenha apresentado uma série de reações rápidas e positivas à declaração do fim da guerra, esperamos que ela apresente uma resposta mais concreta", acrescentou Chung Eui-yong.

Na altura, a irmã do líder norte-coreano Kim Jong-un classificou a declaração  como "interessante", mas exortou Seul e Washington a abandonarem a sua "política hostil" em relação ao regime.

Mais tarde, o próprio Kim Jong-un afirmou que não está interessado em realizar quaisquer reuniões com os EUA para tentar reavivar o diálogo de desnuclearização suspenso, devido à "política hostil" em relação ao regime.

As observações de Chung surgiram quando na Coreia do Norte está a decorrer uma reunião plenária do partido único, na qual serão delineadas políticas e ação diplomática para o próximo ano. Kim Jong-un deverá proferir um discurso no encerramento, provavelmente ainda no final desta semana. 

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