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Sismo deixa rasto de destruição em Marrocos

Lusa
9 de setembro de 2023

Forte sismo que abalou Marrocos na noite desta sexta-feira deixou mais de mil mortos. Terramoto abalou várias cidades do país. Líderes mundiais manifestaram já a sua solidariedade com as vítimas.

Segundo Governo marroquino, terão morrido mais de mil pessoasFoto: Fadel Senna/AFP/Getty Images

O balanço do terramoto que atingiu Marrocos na sexta-feira à noite subiu para 1.037 mortos e 1.204 feridos, dos quais 721 "em estado crítico", anunciou hoje o Ministério do Interior marroquino. 

O terramoto, que ocorreu a uma profundidade de 18,5 quilómetros às 23:11 locais, com epicentro na localidade de Ighil, 63 quilómetros a sudoeste da cidade de Marraquexe, foi sentido em Portugal e em Espanha.

A província com mais vítimas registadas é Al-Haouz, a sul de Marraquexe e próxima do epicentro, com mais de metade dos mortos (542), segundo o balanço oficial, citado pela agência francesa AFP. Segue-se Taroudant (321 mortos), mais a sul, igualmente uma zona rural montanhosa no coração do Alto Atlas. 

As regiões de Chichaoua, Ouarzazate, Marraquexe, Azilal, Agadir, Casablanca e Al Youssufia também registaram vítimas mortais. 

"As operações de socorro prosseguem e estão a desenrolar-se em boas condições", indicou o Ministério do Interior marroquino. 

Terramoto em Marrocos faz mais de 800 mortos

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Nas redes sociais têm sido divulgados vídeos de edifícios desabados e danificados, incluindo partes das famosas muralhas vermelhas que cercam a cidade velha da histórica Marraquexe, Património Mundial da UNESCO, onde os habitantes saíram às ruas em pânico.

O centro regional de transfusão de sangue de Marraquexe apelou aos habitantes para que doassem sangue para os feridos.

Argélia pronta abrir espaço aéreo

Também este sábado, a Argélia, que cortou relações com Marrocos há dois anos, fez saber que vai abrir o seu espaço aéreo para voos humanitários e médicos com destino a Marrocos.

Em comunicado, a presidência argelina mostrou-se aberta a prestar ajuda humaniária ao país vizinho, caso este solicite.

Líderes mundiais solidários

Nas últimas horas, multiplicaram-se as mensagens de condolências e solidaridade ao país. 

Mussa Faki Mahamat, presidente da Comissão da União Africana, utilizou a sua página na rede social X (ex-Twitter) para enviar condolências ao rei de Marrocos, ao povo marroquino e às famílias das vítimas.

Segundo Governo marroquino, terão morrido mais de mil pessoasFoto: Fadel Senna/AFP/Getty Images

"Tomei conhecimento, com grande pesar, das trágicas consequências do terramoto que atingiu o reino de Marrocos", escreveu, enviando também "sinceras condolências a sua majestade o rei Mohammed VI, ao povo marroquino e às famílias das vítimas". 

Na mesma rede social, o chanceler alemão, Olaf Scholz,  enviou uma mensagem de condolências, referindo-se às "terríveis notícias de Marrocos".

Pedro Sánchez, presidente do Governo espanhol em exercício, manifestou "toda a sua solidariedade e apoio ao povo marroquino", vincando que "Espanha está ao lado das vítimas e das suas famílias".

Também na rede social X, o Presidente francês, Emmanuel Macron, disse que França "está pronta para ajudar nos primeiros socorros" após o "terrível sismo" que deixou "todos transtornados".

O Reino Unido também prometeu ajudar Marrocos "de todas as maneiras possíveis".

O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, disse que Portugal tem "tudo preparado" para ajudar este país africano, mas que está a aguardar ainda pelo pedido das autoridades de Rabat.

O Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse, por seu lado, que o seu país "está solidário com Marrocos neste momento trágico".

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, anfitrião da cimeira do G20 que se realiza este fim de semana em Nova Deli, disse estar "extremamente triste com a perda de vidas".

Em comunicado, enviado desde a capital indiana, onde participa na cimeira do G20, o Presidente Joe Biden disse que os Estados Unidos "estão prontos para dar toda a assistência necessária ao povo marroquino", acrescentando que está "ao lado do amigo Rei Mohammed VI neste momento difícil".

O Presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, descreveu a notícia do "terramoto devastador" em Marrocos como aterradora e disse que a União Europeia  está pronta para ajudar o país.

"Os meus pensamentos estão com todas as pessoas afetadas por esta tragédia e com as equipas de salvamento envolvidas na operação de busca. A UE está pronta a apoiar Marrocos nestes tempos difíceis", afirmou. 

Foto: Fadel Senna/AFP/Getty Images

A 24 de fevereiro de 2004, um terramoto de 6,3 na escala de Richter abalou a província de Al Hoceima, 400 quilómetros a nordeste de Rabat, causando a morte de 628 pessoas e danos materiais consideráveis. Também a 29 de fevereiro de 1960, um terramoto destruiu Agadir, na costa ocidental do país, matando mais de 12 mil pessoas, ou seja, um terço da população da cidade.

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