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França vai apoiar combate à corrupção na Guiné-Bissau

Lusa
15 de outubro de 2021

PR francês recebeu o seu homólogo guineense em Paris e disse apoiar a Guiné-Bissau no combate à corrupção e ao tráfico de drogas. Emmanuel Macron agradeceu o apoio de Umaro Sissoco Embaló na estabilização da região.

Foto: LUDOVIC MARIN/AFP

"Felicito os esforços corajosos e determinados do Presidente em termos de luta contra a corrupção e contra o tráfico, particularmente o tráfico de droga, que durante tanto tempo desestabilizaram o país. A França está ao vosso lado para apoiar os vossos esforços", afirmou Emmanuel Macron aos jornalistas antes do início do encontro no Palácio do Eliseu com Umaro Sissoco Embaló, esta sexta-feira (15.10).

O Presidente da Guiné-Bissau está em Paris para uma visita oficial de dois dias a convite do chefe de Estado francês e aproveitou para agradecer o apoio francês, assegurando que o seu país está a viver "uma nova dinâmica". 

"Posso assegurar que a Guiné-Bissau voltou a encontrar o seu caminho após longos anos de instabilidade. A França esteve sempre ao lado da Guiné-Bissau. Hoje estamos a viver uma nova dinâmica", reforçou Umaro Sissoco Embaló, que fez questão de falar em francês.

Estabilidade regional

Outro dos pontos fortes na agenda dos dois líderes é o contexto regional, com a instabilidade criada pelos golpes de Estado na Guiné-Conacri, que faz fronteira com a Guiné-Bissau, e no Mali.

"O nosso encontro vai servir também para evocar a situação na região, quer seja o Sahel ou a África Ocidental. Neste ponto, a França apoia completamente as exigências da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental [CEDEAO] relativamente às autoridades guineenses e malianas. Estamos prontos, com os nossos parceiros europeus, a transmitir e ajudar a que se concretizem as decisões tomadas nos próximos dias pela CEDEAO", disse o Presidente francês.

Encontro dos dois Presidentes no Palácio do Eliseu, em ParisFoto: CHRISTOPHE PETIT TESSON/AFP

Já Umaro Sissoco Embaló reconheceu os "problemas" na região, mas focou-se no futuro da juventude africana, dias após o Presidente francês ter organizado uma cimeira França-África em que a juventude esteve em destaque.

"Somos os dois jovens"

"Sabemos o quão próximo é da juventude africana. Nós somos os dois jovens e penso que a minha política, tal como as políticas francesas, podem ajudar a criar empregos e universidades para pouparmos a nossa juventude de morrer inutilmente no mar", indicou o Presidente da Guiné-Bissau.

Ainda na discussão entre os dois líderes estará o reforço da francofonia na Guiné-Bissau, assim como a ajuda da França ao setor da agricultura.

A delegação desta visita do Presidente da Guiné-Bissau a França inclui o ministro das Finanças, João Fadiá, e o ministro da Defesa, Sandji Fati, e estes governantes vão ter também reuniões bilaterais com os seus homólogos ou com os seus representantes em Paris.

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