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Sissoco Embaló promete contribuir para solução na Ucrânia

Lusa | AFP | cm
5 de julho de 2023

Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, conversou ao telefone com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Ucrânia e Rússia acusam-se de planear ataque na central nuclear de Zaporíjia.

Foto: Tony Karumba/AFP/Getty Images

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, prometeu ao homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, que vai continuar a contribuir para a "busca de uma solução justa e pacífica para o conflito na Ucrânia".

Em informação divulgada na sua página oficial na rede social Facebook, Umaro Sissoco Embaló informou que conversou ao telefone com o Presidente ucraniano.

Sissoco Embaló realizou uma visita à Ucrânia, em outubro passado, a primeira de um chefe de Estado africano ao país, na qualidade de presidente em exercício da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO). Antes, o Presidente guineense tinha estado na Rússia.

Umaro Sissoco Embaló realizou uma visita à Ucrânia, em outubro de 2022Foto: Ukrainian President Press Office/UPI Photo/IMAGO

Central nuclear de Zaporíjia em risco?

A Ucrânia e a Rússia acusam-se mutuamente de estar a planear um ataque ou provocações na central nuclear de Zaporíjia, no sul da Ucrânia. 

Esta quarta-feira (05.07), a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) exigiu ter acesso a todos os edifícios da central nuclear ucraniana, ocupada por tropas russas, para "confirmar a ausência de minas ou explosivos no local".

"À medida que a tensão e a atividade militar aumentam na região, os nossos especialistas devem ser capazes de verificar os factos no terreno", disse Rafael Grossi, diretor-geral da organização da ONU, em comunicado.

Nas últimas semanas, os funcionários da AIEA no local inspecionaram vários locais "sem observar vestígios de minas ou explosivos até agora". Mas o órgão da ONU não conseguiu ter acesso aos telhados das instalações que abrigam os reatores 3 e 4 ou mesmo algumas áreas do sistema de arrefecimento da central.

A Ucrânia acusa Moscovo de preparar uma "provocação" no local. Segundo o Exército ucraniano, "objetos semelhantes a artefactos explosivos" foram colocados pelas tropas russas nos telhados em questão.

"A sua detonação não deve danificar os geradores, mas dar a impressão de bombardeamentos do lado ucraniano", continuou o Exército.

"Consequências catastróficas" 

O Kremlin, por seu lado, alertou hoje para a possibilidade de as forças ucranianas poderem desencadear um "ato subversivo" com "consequências catastróficas" na central nuclear.

Ucrânia e a Rússia acusam-se mutuamente de estar a planear um ataque na central nuclear de ZaporíjiaFoto: Dmytro Smolyenko/Ukrinform/abaca/picture alliance

"A situação é muito tensa porque o risco de um ato subversivo por parte do regime de Kiev é muito elevado", disse o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov, aos jornalistas.

Moscovo afirma que Kiev planeia fazer uso de "armas de precisão de longo alcance" e 'drones' contra a central.

Explosão em tribunal de Kiev

O ministro do Interior da Ucrânia, Igor Klymenko, disse esta quarta-feira que a polícia da capital, Kiev, recebeu relatos de uma explosão num tribunal distrital.

"Equipas de investigação da polícia, forças especiais, especialistas em explosivos e outros serviços necessários chegaram ao local", afirmou o ministro em comunicado.

Não houve relatos imediatos de vítimas por parte das autoridades.

De acordo com informações preliminares, avançadas pelo ministro, a explosão do dispositivo não identificado foi provocada por um homem que alegadamente ia ser ouvido numa audiência.

Klymenko pediu aos moradores da capital que não se aproximem do local e permitam que os socorristas realizem o seu trabalho.

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