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Sissoco garante que não se envolve na campanha eleitoral

Lusa
23 de maio de 2023

Presidente guineense disse, esta terça-feira, que "talvez" as suas palavras estejam a ser "mal interpretadas". Sissoco exortou ainda as Forças Armadas a garantirem segurança durante processo eleitoral.

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Foto: Afolabi Sotunde/REUTERS

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, exortou, esta terça-feira (23.05), as Forças Armadas a garantirem segurança no país durante o processo eleitoral e até à tomada de posse dos deputados a serem escolhidos nas legislativas de 04 de junho.

Sissoco Embaló falava aos militares, em parada, no Estado-Maior General das Forças Armadas, no Quartel-General, na Fortaleza da Amura, no centro de Bissau.

Acompanhado pelo chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general Biague Na Ntan, o Presidente guineense disse visitar o local enquanto comandante-em-chefe e não como político, para rever antigos colegas.

"Vim falar com os meus camaradas de trincheira, dizer-lhes para se afastarem dos políticos porque todas as sublevações que aconteceram neste país foram promovidas por políticos, mas quem acaba por pagar somos nós, os militares", defendeu Embaló, que serviu as Forças Armadas guineenses nos anos de 1990.

Dirigindo-se ao general Biague Na Ntan, o Presidente exortou-o para que todos os elementos das Forças Armadas trabalhem no sentido de garantir que o processo eleitoral decorra com tranquilidade até à tomada de posse dos novos deputados.

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"Incumbi ao chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas para que as coisas corram bem. Penso que as eleições serão justas, livres e transparentes e quem perder vai saber respeitar a expressão da vontade da maioria", observou Sissoco Embaló.

Má interpretação

O Presidente guineense aproveitou para esclarecer que não se envolve na campanha eleitoral, por ser "árbitro do processo" e que ninguém o viu com "a camisola vestida ou a apelar ao voto para um determinado partido".

Umaro Sissoco Embaló considerou que "talvez alguns partidos" estejam a interpretar mal as suas palavras durante a campanha eleitoral em curso e que deverá terminar em 02 de junho.

Em carta aberta hoje dirigida ao chefe de Estado, a coligação eleitoral Plataforma Aliança Inclusiva (PAI) -- Terra Ranka exigiu ao Presidente da Guiné-Bissau que pare de interferir na campanha eleitoral e cumprir a lei.

O líder do Partido da Renovação Social (PRS), Fernando Dias também tem feito apelos no sentido de Umaro Sissoco Embaló se afastar da campanha eleitoral por não serem eleições para a escolha do Presidente da República.

O chefe das Forças Armadas guineenses, o general Biague Na Ntan, garantiu que "nada vai acontecer" durante o processo eleitoral e prometeu a paz e a tranquilidade na Guiné-Bissau.

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