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Sissoco na ONU: "África merece maior reconhecimento"

bd | sq | com agências
22 de setembro de 2023

O presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, apelou a uma maior representação africana nas Nações Unidas, defendendo reformas no Conselho de Segurança.

Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló
Foto: Craig Ruttle/AP Photo/picture alliance

O presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, defendeu ontem (21.09) uma maior representatividade dos países africanos nas Nações Unidas e adequada ao papel de África no mundo.

O chefe de Estado guineense discursava na 78.ª Assembleia-Geral das Nações Unidas (AGNU), que reúne, até terça-feira, em Nova Iorque, nos Estados Unidos da América, líderes mundiais de 193 países.

Sissoco Embaló referiu-se à reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas que entende que "há muito se considera como necessária" e que defende "deverá tomar em conta a posição da União Africana".

O presidente da Guiné-Bissau considera que a reclamada reforma deste órgão deve "garantir uma representação realista e mais justa, em adequação com o papel cada vez mais preponderante da África na construção e manutenção do equilíbrio do mundo".

Sissoco Embaló realçou a "grande preocupação perante o ressurgimento de golpes de estado e o retrocesso da democracia e do Estado de Direito em alguns países" da sub-região da África Ocidental, em flagrante violação da livre escolha das populações expressa nas urnas".

Na véspera das comemorações dos 50 anos da independência da Guiné-Bissau, que decorrem no fim de semana, o presidente agradeceu a ajuda neste processo da ex-União Soviética, República da Guiné, Cuba, Argélia, Marrocos e outros países, assim como das Nações Unidas.

Sissoco Embaló defendeu que "é preciso cumprir os acordos".Foto: Seth Wenig/AP/picture alliance

Mudanças necessárias

Sissoco destacou ainda que os "chefes de Estado e de Governo" africanos continuam a "dar prioridade à luta contra a malária", também conhecida como paludismo e que é transmitida através da picada de mosquito.

O chefe de Estado da Guiné-Bissau é há um ano presidente da Aliança de Líderes Africanos contra a Malária e apontou que o esforço que tem sido feito permitiu evitar, desde 2020, "mais de 1,5 mil milhões de casos de malária e 10,5 milhões" de mortes.  "E, por isso, faço um apelo a África e à comunidade internacional à ação. Se quisermos alcançar as metas globais para 2030 de acabar com as epidemias de malária e alcançar a cobertura universal de saúde, precisamos de agir agora", declarou.

Sissoco Embaló defendeu também que "é preciso cumprir os acordos de Paris e da COP 27, incluindo o fundo de perda e danos para países vulneráveis, particularmente os insulares" como a Guiné-Bissau.

"É preciso introduzir as mudanças necessárias na arquitetura da paz, da segurança internacional e no sistema financeiro mundial, para que consigamos dar resposta à atual conjuntura internacional", vincou.

O presidente da Guiné-Bissau reiterou o apelo ao fim do "injusto e irracional embargo" a Cuba, que considerou um "obstáculo à realização das legítimas aspirações do povo cubano", acrescentando que "o mesmo sucede" com o povo da Venezuela.

A 78.ª Assembleia-Geral das Nações Unidas (AGNU) decorre entre 19 e 26 de setembro, na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, para discutir os principais desafios globais sob o tema "Reconstruindo a confiança e reacendendo a solidariedade global: acelerando a ação na Agenda 2030 e seus Objetivos de Desenvolvimento Sustentável rumo à paz, prosperidade, progresso e sustentabilidade para todas as pessoas".

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