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Sissoco promete "resposta adequada" a manifestação

22 de maio de 2025

Sociedade civil guineense convocou manifestação contra o Governo para domingo (25.05). Presidente guineense disse hoje que participantes "vão saber que aqui não há desordem".

Umaro Sissoco Embaló, Presidente guineense
Sobre realização de protesto na Guiné-Bissau: "vão saber que aqui não há desordem", disse Sissoco EmbalóFoto: Kristina Kormilitsyna/REUTERS

O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, prometeu, esta quinta-feira (22.05), "resposta adequada" para a manifestação anunciada por duas plataformas da sociedade civil para exigir a reposição da ordem democrática e o fim da supressão das liberdades fundamentais.

A manifestação é uma iniciativa da organização cívica e social "Po de Terra" (pau da terra), à qual se juntou a Frente Popular, plataforma que congrega associações de jovens e sindicatos.

Para Sissoco Embaló, não se trata de organizações da sociedade civil, que disse ser representada por Fodé Caramba Sanhá, presidente do Movimento Nacional da Sociedade Civil, Paz, Democracia e Desenvolvimento.

"Não recebemos nada dele, agora quem quiser sair à rua que saía à rua. Vai ver", advertiu Sissoco Embaló.

"Qualquer ato terá resposta adequada"

"Que saiam. Aqui qualquer ato terá resposta adequada. Vão saber que aqui não há desordem. Este país não é de marginais. Os marginais podem estar lá fora (na diáspora), aqui não", acrescentou Embaló.

O Presidente guineense disse que esperará para ver o que vai acontecer no domingo (25.05) quando as duas plataformas saírem às ruas do país, mas adiantou que não acredita que Armando Lona, líder da Frente Popular, venha a estar na manifestação.

"Há aquele rapaz feio, parecido com um extraterrestre, Lona. Esse não sairá à rua nunca mais", afirmou Sissoco Embaló, referindo-se a um dos detidos numa manifestação em maio do ano passado.

Armando Lona foi detido pela polícia numa manifestação em 2024Foto: Armando Lona, Aktivist, Journalist, Volksfront,

Armando Lona, jornalista e ativista social, foi detido pela polícia, juntamente com cerca de centena de manifestantes da Frente Popular, no dia 18 de maio de 2024, quando também saíram às ruas do país em manifestações para exigir a "reposição da ordem constitucional"

A organização anunciou que vários dos detidos foram submetidos a torturas e espancamentos. Armando Lona e outros dirigentes da organização estiveram detidos na 2.ª Esquadra de Bissau durante dez dias, sendo, depois, apresentados ao Ministério Público, que lhes instaurou processos judiciais.

Lusa Agência de notícias
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