Sobe para 160 número de mortos em ataque no Burkina Faso
6 de junho de 2021Ao todo, "160 corpos foram enterrados ontem (05.06) em três valas comuns pela população local (...) incluindo cerca de 20 crianças", disse uma fonte oficial na região do Burkina Faso, sendo o fato confirmado por fontes locais, e avançado pela agência de notícias francesa AFP neste domingo (06.06).
Na noite deste sábado (05.06), um relatório anterior das mesmas fontes contabilizava o número de mortos em 138.
"África precisa de paz"
O Papa Francisco, por sua vez, lamentou neste domingo (06.06) o ataque no Burkina Faso, notando que "África precisa de paz e não de violência".
"Transmito a minha proximidade à família e a todas as pessoas que sofrem muito com estes contínuos ataques. A África precisa de paz e não de violência", afirmou Francisco, após a oração do Angelus.
Pelo menos cem civis foram mortos no norte de Burkina Faso, em Solhan, entre sexta-feira e sábado, o ataque mais mortal registado neste país desde o início da violência 'jihadista' em 2015.
"Entre a noite de sexta-feira e a madrugada de hoje [sábado], indivíduos armados realizaram um ataque mortal em Solhan, na província de Yagha. O balanço, ainda provisório, é de pelo menos cem mortos, homens e mulheres", disse, na altura, à agência de notícias AFP uma fonte de segurança.
Ataque "hediondo"
O Secretário Geral da ONU, António Guterres, também expressou seu choque e indignação com as mortes.
Acredita-se que sete crianças estejam entre as vítimas, segundo a ONU, enquanto o número total de mortes não é claro.
Numa declaração no final do sábado (05.06), Guterres condenou o ataque "hediondo" e pediu à comunidade internacional que intensificasse seu apoio na luta contra o extremismo violento.
A identidade e o motivo dos atacantes, que visavam uma aldeia na província de Yagha, não está clara. Vários grupos armados estão ativos na região do Sahel, que se estende ao sul do Saara desde o Atlântico até o Mar Vermelho.
Alguns desses grupos militantes prometeram fidelidade à Al-Qaeda e às organizações extremistas do Estado Islâmico. Embora o Burkina Faso tivesse sido poupado de ataques há muito tempo, sua frequência aumentou significativamente desde 2015. De acordo com as Nações Unidas, mais de 1,2 milhões de pessoas estão agora refugiadas em seu próprio país.