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TerrorismoSomália

Somália: Pelo menos 15 mortos em ataque suicida

cvt | com agências
19 de dezembro de 2020

Ataque de bombista suicida nas imediações de estádio na cidade central de Galkayo visava primeiro-ministro do país. Em visita à região, governante era esperado para um discurso, mas não estava no local.

Somalia Ministerpräsident Mohamed Hussein Roble
Mohamed Hussein RobleFoto: Somalian Presidency/AA/picture alliance

Ali Hassan, um agente da polícia de Galkayo, disse que outros ficaram feridos na explosão, que ocorreu à entrada do estádio desportivo.

Pelo menos dois membros do alto escalão do Exército somali estavam entre os que morreram devido à explosão, segundo um alto oficial da polícia.

"É realmente muito, muito terrível. Perdemos dois dos nossos mais altos comandantes militares do Exército da Somália", disse Abdullahi Ahmed à agência noticiosa DPA.

Há ainda vítimas civis.

O atentado foi reivindicado pelo grupo extremista Al-Shabaab que, numa breve declaração, disse que o ataque tinha como alvo o primeiro-ministro da Somália, Mohamed Hussein Roble.

Hussein Roble, que tomou posse em setembro, estava de visita à cidade como parte de uma visita guiada ao estado de Galmudug, mas ainda não tinha chegado na altura da explosão.

Mohamed Hussein RobleFoto: Somalian Presidency/AA/picture alliance

Relatos do ataque

"Houve uma forte explosão causada por um bombista suicida na entrada do estádio, seis pessoas foram mortas, incluindo três oficiais militares superiores", disse um polícia de Galkayo, Mohamed Abdirahman, citado pela agência France-Presse.

"A explosão ocorreu enquanto se esperava que o primeiro-ministro fizesse um discurso no estádio", na parte sul de Galkayo, localizada no estado semi-autónomo de Galmudug, acrescentou.

Galkayo, a 600 quilómetros a norte de Mogadíscio, atravessa os estados de Galmudug e Puntland, que também é semi-autónomo.

A cidade tem sido o cenário de violência mortal nos últimos anos entre tropas das duas regiões e entre clãs rivais que ocupam as partes norte e sul.

Um oficial militar em Galkayo, o coronel Ahmed Dahir, disse à agência noticiosa francesa que "o bombista suicida visou oficiais militares de alta patente que estavam perto da entrada do estádio", sem poder dizer "exatamente quantas pessoas morreram".

De acordo com testemunhas, a explosão provocou pânico no interior do estádio.

"Esperava-se que o primeiro-ministro estivesse dentro do estádio quando a explosão ocorreu. Vi fumo e pó e ouvi um 'bang' alto em direção à porta. As pessoas entraram em pânico e foi muito difícil sairmos durante vários minutos", contou uma testemunha.

"Vi várias pessoas muito feridas e corpos de homens, alguns com uniformes militares, mas não posso dizer quantos", acrescentou.

 

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