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PolíticaSão Tomé e Príncipe

STP: Governo e profissionais de saúde chegam a acordo

Lusa
25 de janeiro de 2022

Em reunião com os sindicatos dos profissionais de saúde, executivo garantiu a aquisição de medicamentos e consumíveis e cumprimento das outras reivindicações no prazo de uma semana.

Zentralafrika l Premierminister Jorge Bom Jesus von São Tomé und Príncipe
Primeiro-ministro são-tomense, Jorge Bom JesusFoto: João Carlos /DW

A nova ronda de negociações, que teve lugar esta segunda-feira (24.01), foi chefiada pelo primeiro-ministro Jorge Bom Jesus, na presença dos ministros das Finanças e do Trabalho.

O ministro da Saúde são-tomense, Edgar Neves, demitiu-se, recentemente, na sequência dos problemas entre o governo e o sindicato dos profissionais de saúde.

Após a reunião, o ministro das finanças, Engrácio Graça, referiu que "o Governo chegou ao entendimento de que estava em falta com o cumprimento de alguns pontos" que constavam do memorando assinado em dezembro do ano passado para a garantia de condições de trabalho, medicamentos e consumíveis, e direitos para os profissionais de saúde.

Segundo o ministro das Finanças, "estes pontos foram devidamente analisados e chegou-se à conclusão de que o Governo irá fazer tudo para, dentro de uma semana, dar resposta a estes pontos que ficaram por cumprir".

"Dificuldade de recursos"

Engrácio Graça explicou que com o "momento pandémico, há alguma dificuldade de recursos", mas garantiu que "já se lançou o concurso" e até à próxima semana o Governo efetuará o pagamento de cerca de 30% que faltam às empresas contratadas para o fornecimento de "medicamentos e os reagentes para o Hospital Central e para os centros de saúde".

Hospital Ayres de Menezes, um dos principais do país, em São Tomé.Foto: R. Graca

Além disso, o ministro das Finanças acrescentou que no prazo de uma semana serão concretizados outros pontos "meramente administrativos" e que "dependem apenas de um despacho do ministro" para permitir que os profissionais de saúde tenham "alguma isenção da assistência médica e medicamentosa" e "equivalência dos estudos" para certos enfermeiros que têm formação média.

Engrácio Graça garantiu a realização de "intervenção no bloco operatório, nas maternidades e nas casas de banho" do hospital, bem como o reforço do policiamento e segurança na unidade hospitalar.

O ministro destacou que "o sindicato é um parceiro privilegiado do Governo [que] tem feito um papel muito importante" por isso "sempre as preocupações dos sindicatos serão tomadas em conta porque eles estão justamente a pensar no bem-estar dos utentes, dos seus associados e é preciso ter os sindicatos como parceiros".

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 "O Governo está e esteve de boa-fé com os sindicatos neste processo negocial. O Governo tem de assumir a sua obrigação e está a fazê-lo [...], aliás os sindicatos nem têm a necessidade de vir exigir ao Governo que se adquira os medicamentos. É a função natural do Governo prestar o serviço básico à população e é isso que o Governo vai fazer", garantiu Engrácio Graça.

O representante dos sindicatos dos profissionais de saúde, Ramon dos Prazeres, afirmou que as organizações sindicais acreditam que o Governo vai dar respostas aos compromissos assumidos dentro do novo prazo acordado. 

Sindicato com "fé" no governo

"O senhor primeiro-ministro marcou um outro encontro para dentro de oito dias nós voltarmos para este gabinete [Palácio do Governo] como forma de fazer o ponto de situação. Nós estamos em crer que o Governo vai conseguir dar respostas. O Governo assim o prometeu, o ministro das Finanças deu a garantia que ao nível financeiro já se conseguiu mobilizar verbas para resolver estas questões cruciais e vamos por fé que o Governo vai conseguir dar respostas", referiu Ramon dos Prazeres.

Esta segunda-feira (24.01), o primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus, garantiu para os próximos dias a solução para a vaga no Ministério da Saúde, após o pedido de demissão de Edgar Neves, na sequência de críticas aos profissionais do setor.

 "O ministro da Saúde falou em discurso direto e à imprensa. Naturalmente é um ser humano como qualquer outro, com forças, fraquezas e limites. Colocou o seu lugar a disposição, nós estamos a analisar", disse Jorge Bom Jesus.

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