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STP: Partidos preparam-se para as legislativas

7 de setembro de 2018

Termina esta sexta-feira (07.09) o prazo para a entrega de candidaturas às legislativas em São Tomé e Príncipe - marcadas para 7 de outubro. Entretanto, analista aponta favoritismo do partido no poder.

Eleições são-tomenses em 2014Foto: DW/R. Graça

Em São Tomé e Príncipe, os partidos políticos têm até esta sexta-feira (07.09) para apresentar ao Tribunal Constitucional as suas candidaturas às eleições legislativas de 7 de outubro. As três principais forças políticas são-tomenses já formalizaram as suas listas.

O Movimento de libertação de São Tomé e Príncipe/ Partido Social Democrata (MLSTP/PSD), liderado por Jorge Bom Jesus, candidato a primeiro-ministro, foi o primeiro a formalizar a sua candidatura no Tribunal Constitucional. 

Em declarações à DW África, o secretário-geral dos sociais-democratas, Arlindo Barbosa, mostra-se confiante na vitória. "A sondagem que nós fizemos está bastante boa. Face à degradação da vida da população, penso que o povo vai votar em função daquilo que se está a passar para que haja alternativa. O cenário já está visto, vamos continuar a fazer o nosso trabalho".

Na corrida está também a coligação formada por três partidos: Partido da Convergência Democrática (PCD), Movimento Democrático Força da Mudança (MDFM - do antigo Presidente Fradique de Menezes) e a União para Democracia e Desenvolvimento (UDD).

Coligação promete "solução"

Eugénio Graça, secretário da coligação, afirma que a união tripartidária tem uma solução para São Tomé e Príncipe. Ele diz que "a chave do desenvolvimento de um país está nas pessoas, não apenas nas obras públicas".

"Esta coligação pretende também restabelecer a ordem constitucional. Vamos primar para eleger homens e mulheres, uma juventude forte e muito brevemente vamos anunciar o nosso candidato a primeiro-ministro", promete o secretário.

STP: Partidos preparam-se para as legislativas de 7 de outubro

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A Ação Democrática Independente (ADI), partido no poder, liderado por Patrice Trovoada, atual primeiro-ministro, volta a candidatar-se. O secretário-geral do partido, Levy Nazaré, afirma que "no dia 7, mesmo com algumas insatisfações - nem tudo se fez-, o povo irá refletir e tomar uma decisão sábia para o bem de todos nós”.

Na visão de Nazaré, "nenhum partido da oposição está hoje em condições de governar com maioria absoluta. O único partido em condições de ter maioria absoluta e continuar a fazer trabalho é a ADI".

ADI tem a "máquina" a seu favor

Segundo o analista político e professor universitário Eugénio Tiny, o partido no poder ADI é o potencial vencedor das eleições legislativas, "porque tem toda a máquina a seu favor, tem sabido fazer um marketing político fora de série".

O analista diz que o ADI "tem usado e até abusado dos órgãos do Estado para a sua campanha política e a oposição está de braços cruzados". "Tudo indica que estando na posição em que está, tendo toda a máquina à sua disposição, podem galvanizar consciências e conseguir uma vantagem bastante considerável", ressalta.

O atual cenário político é, por isso, desfavorável aos partidos da oposição, diz Eugénio Tiny. "Jorge Bom Jesus tem um aspeto a seu favor que é não ter manchas - atos que possam por em causa a sua figura e dignidade. A coligação também não está numa posição favorável. O que acontece é que a coligação mais o MLSTP/PSD poderão conseguir um certo número de deputados que pode permitir que possa até constituir Governo".

A campanha eleitoral em São Tomé e Príncipe arranca oficialmente a 22 de setembro. A 7 de outubro, cerca de 90 mil eleitores serão chamados às urnas para eleger os novos deputados e membros das assembleias distritais e regionais.

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