Superliga morreu à nascença: O mundo rejeitou a competição
com agências
22 de abril de 2021
Iniciou-se com 12 clubes no domingo e morreu 48 horas depois. A ideia era criar uma liga das elites do futebol, mas a onda de críticas mundial deitou tudo por terra. "Foi como se tivéssemos lançado a bomba atómica".
Publicidade
Com justificações de que as equipas, os ditos grandes clubes europeus, estão a passar por uma grande crise financeira provocada pela pandemia, os 12 clubes queria organizar uma "liga milionária" onde iriam competir entre si. Mas as duras ameaças da UEFA, entidade que gere o futebol europeu, e a FIFA, fez tremer os clubes e logo começaram a saltar do barco.
Os adeptos saíram de imediato do confinamento para protestar juntos aos estádios de futebol. Os líderes políticos europeus, federações de futebol e desportistas também se juntaram para repudiar a Superliga e ainda várias instituições ligadas ao desporto.
"Nunca vi tamanha agressividade como aquela manifestada pelo presidente da UEFA e por alguns presidentes de Ligas, de forma orquestrada. Surpreendeu-nos a todos. Depois de anunciarmos a notícia, pedimos uma reunião com o presidente, mas ele nem nos respondeu. Nunca vi tanta agressividade, ameaças e insultos, como se tivéssemos matado o futebol. Trabalhámos, sim, para ajudar a salvar o futebol", afirmou o presidente do Real Madrid, Florentino Pérez.
Nenhuma equipa alemã fez parte dos fundadores.
De acordo com o presidente do Real Madrid, Florentino Pérez, os jovens já não se interessam muito pelo futebol, devido ao tempo de jogo que hoje em dia não consegue prender os fãs durante os 90 minutos regulamentares.
Posição do Barcelona
O presidente do FC Barcelona, Joan Laporta, afirmou esta quinta-feira (22.04) que Superliga europeia de futebol "é uma necessidade dos grandes clubes" e mostrou-se disponível para dialogar com a UEFA.
Publicidade
"Temos uma posição de prudência. A Superliga é uma necessidade dos grandes clubes, mas a última palavra será sempre dos nossos sócios. Os grandes clubes dão muitos recursos e têm que ter uma palavra maior na distribuição monetária", afirmou Juan Laporta, em declarações ao canal TV3, naquela que foi a sua primeira declaração pública desde o anúncio da competição.
O presidente do emblema catalão explicou que o FC Barcelona defende a manutenção das ligas domésticas e garantiu que está "aberto ao diálogo e a qualquer entendimento" com a UEFA.
"O objetivo é criar uma competição atrativa e, com isso, melhorar o futebol e recuperar os recursos necessários para torná-lo outra vez num grande espetáculo. Tem de existir um entendimento e acredito que isso acontecerá. Acredito que haverá harmonia institucional e vontade de avançar nessas questões", disse.
Dos 12 clubes fundadores da Superliga, grande parte já anunciou a desistência, situação que Laporta lamentou e que aponta às pressões que foram exercidas não só pela UEFA, mas também pelos governos dos países que têm emblemas envolvidos.
Esta quinta-feira, os 39 clubes da I e II Ligas espanholas de futebol, que ficaram de fora da Superliga Europeia, repudiaram por unanimidade a competição, que tinha como cofundadores Real Madrid, FC Barcelona e Atlético de Madrid.
Porta escancarada
Perante as críticas, Manchester City, Liverpool, Arsenal, Manchester United, Tottenham e Chelsea iniciaram a debandada do projeto da Superliga na terça-feira, seguindo-se já na quarta-feira Atlético de Madrid e Inter Milão.
AC Milan e Juventus já reconheceram a necessidade de avaliar o projeto, enquanto o FC Barcelona faz depender a sua permanência da aprovação dos sócios. O Real Madrid é o único dos 12 clubes fundadores da competição que ainda não emitiu uma posição oficial sobre o tema.
O ‘sonho' liderado pelo presidente do Real Madrid, Florentino Pérez, juntou 12 dos principais clubes de Inglaterra, Espanha e Itália, tendo em vista a criação de uma competição anual com 20 equipas, na véspera de a UEFA revelar o formato competitivo da Liga dos Campeões, a partir de 2024/25.
Bayern a uma vitória de celebrar nono título consecutivo na Bundesliga
A quatro jornadas do fim, os bávaros estão com a passadeira estendida para chegar ao novo título consecutivo na Bundesliga. Com apenas duas vitórias, o Schalke já foi despachado diretamente para a segunda liga.
Foto: Ina Fassbender/REUTERS
Schalke caiu para a 2.ª Liga
Sete vezes campeão alemão, um dos 16 fundadores da Bundesliga em 1963 e com uma das melhores academias de formação, o Schalke 04 foi a pior equipa desta época. A quatro jogos do fim, soma apenas duas vitórias, sete empates e 21 derrotas. Manuel Neuer, Özil e Leroy Sané são alguns dos jogadores formados pelo Schalke. Neste época teve cinco treinadores, um recorde.
Foto: Kai Pfaffenbach/REUTERS
Bayern "dono disto tudo"
O Bayern Munique está a um passo de revalidar o título de campeão nacional da Alemanha pela nona vez consecutiva. Se vencer o Mainz 05 no sábado alcança 30 títulos da Bundesliga nas 56 temporadas. Ao vencer o Leverkusen, aproveitando a derrota do Leipzig, ampliou para 10 pontos de vantagem sobre o rival direto, o Leipzig.
Foto: Andreas Gebert/AFP
Dortmund luta para ficar entre os quatro
Dortmund é o atual quinto classificado da Bundesliga, atrás do Eintracht, Wolfsburgo e está a oitos pontos do Leipzig, o segundo classificado da prova. A equipa corre o risco de falhar as eliminatórias da Champions pela primeira vez desde 2014/15. Na próxima jornada defronta o Wolfsburgo, em terceiro lugar, com mais cinco pontos que o Dortmund.
Foto: Ina Fassbender/REUTERS
Colónia acende a chama de esperança
O Colónia surpreendeu o Leipzig e conseguiu uma vitória, que foi celebrada como se fosse o título de campeão alemão. O capitão Hector arregaçou as mangas e fez dois golos na vitória, por 2-1, diante do segundo lugar. A vitória é uma injeção para o Colónia na luta pela permanência na Bundesliga. Em penúltimo lugar, agora tem 26 pontos, os mesmo do Hertha Berlim, e menos quatro que o Bielefeld.
Foto: Rolf Vennenbernd/dpa
Leipzig lançado para vice-campeão
Tinha tudo para aproveitar os desaires do Bayern Munique e discutir o campeonato até à última jornada, mas também meteu muita areia na engrenagem. Com a derrota na casa do Colónia, por 2-1, foi-se a esperança de celebrar o título inédito. Na jornada 31 recebe o Estugarda, o 10° classificado. O Leipzig está agora a dez pontos do Bayern Munique.
Foto: Lukas Schulze/REUTERS
Lewandowski perto de bater mais um recorde
Após de um mês de fora devido a uma lesão, Lewandowski deverá regressar à competição diante do Mainz, no sábado. Com 35 golos em 25 jogos atual temporada na Bundesliga, o polaco de 32 anos poderá atingir a marca de 40 golos em uma única época. Um recorde que ainda pertence ao ícone do Bayern Gerd Müller em 1971/72. Em todas as competições, Lewa já marcou 55 golos em 47 aparições em 2019/20.
Foto: Matthias Balk/REUTERS
Número redondo para o inglês do Dortmund
Jadon Sancho completou 100 jogos na Bundesliga com a camisola do Borussia Dortmund, tendo ganho 55. Superando a lesão, Sancho ajudou o Dortmund a derrotar, por 2-0, o União Berlim, na quarta-feira, a contar para a jornada 30. Chegou à Alemanha em 2017 para o lugar de Dembele. O jogador de 21 anos marcou seis golos e nove assistências esta época. Fez um total de 36 golos na liga alemã.
Foto: Leon Kuegeler/Pool/REUTERS
André Silva com pé quente na Bundesliga
O internacional português de 25 anos é o segundo melhor marcador da Bundesliga com 24 golos, menos 11 do melhor artilheiro da prova Lewandowski (35). André Silva fez ainda quatro assistências e 97 remates. De AC Milan chegou ao Eintracht em 2019 e de lá para cá fez 53 jogos na Bundesliga, tendo ganho 21. Marcou um total de 36 golos no prova alemã.