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Ébola: Já são 900 mortos na RDC

AFP | EFE | tms
27 de abril de 2019

O surto de ébola em duas províncias do nordeste da República Democrática do Congo (RDC) já deixou 900 mortos em quase 1.400 casos registados da doença, segundo o Governo congolês.

Foto: picture-alliance/dpa/AP Photo/Medecins Sans Frontieres/J. Wessels

O Ministério da Saúde da RDC atualizou este sábado (27.04) os números do ébola no país. A doença, cuja epidemia foi declarada em agosto do ano passado nas províncias do Kivu do Norte e Ituri, deixou 900 mortos (834 deles confirmados em laboratório) em 1.396 casos, verificados até a passada quinta-feira (25.04).

Outros 260 casos ainda estão sob análise das autoridades sanitárias, que dizem ter registado um aumento das mortes nos últimos 15 dias – totalizando 100.

O controlo deste surto, o mais mortífero da história da RDC, foi dificultado pela rejeição de algumas comunidades a receber tratamento e à insegurança na região, onde atuam vários grupos armados.

Vacinação teve início em agosto passadoFoto: Getty Images/AFP/J.D. Kannah

Dificuldades

De facto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e organizações não governamentais como a Médicos Sem Fronteiras (MSF) foram forçadas a paralisar algumas atividades em áreas como Butembo (um dos principais focos ativos atuais), devido aos ataques contra suas instalações.

Na semana passada, um médico camaronês enviado pela OMS para combater a doença na RDC foi morto por homens armados durante uma reunião de trabalho com sua equipa no Hospital Universitário de Butembo.

Além deste ataque, outros casos semelhantes foram registados nos centros de tratamento do ébola em Katwa e Butembo, entre o fim de fevereiro e início de março. Pelo menos um policia foi morto.

Campanha

Desde 8 de agosto do ano passado, quando começaram as vacinações, mais de 105 mil pessoas foram imunizadas - a maioria nas cidades de Katwa, Beni, Butembo, Mabalako e Mandima, de acordo com o Ministério de Saúde.

O vírus do ébola é transmitido através do contato direto com o sangue e os fluidos corporais contaminados, provoca febre hemorrágica e sua taxa de mortalidade pode chegar a 90% se não for tratado a tempo.

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