1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW
PolíticaTanzânia

Tundu Lissu refugia-se na embaixada da Alemanha na Tanzânia

Lillian Mtono
10 de novembro de 2020

Após ameaças de morte, Tundu Lissu, o principal opositor do Presidente tanzaniano, John Magufuli, refugiou-se na semana passada na embaixada alemã em Dar es Salam. Candidato do Chadema contesta os resultados eleitorais.

Tundu Lissu: "A minha vida está em perigo"Foto: AFP

O candidato do Chadema, maior partido da oposição tanzaniana, disse em entrevista à DW África que tem recebido várias mensagens de ameaças de morte. Por considerar que a sua vida está em risco, procurou refúgio na embaixada alemã na Tanzânia.

"Estarei aqui até que a minha segurança esteja garantida. Não gosto de ficar aqui. Não tenho nada para fazer aqui. Por isso, quero sair o mais depressa possível. Infelizmente não sei quando é que isto pode acontecer", desabafa Tundu Lissu..

Antes, Tundu Lissu foi detido pela polícia , acusado de apelar à população a sair ir à rua em protestos contra os resultados das eleições presidenciais e legislativas de 28 de outubro, que a oposição considera fraudulentas. 

O principal opositor do Presidente Magufuliacusa as autoridades tanzanianas de não se comprometer com a sua segurança. "Tem havido esforços de embaixadores de diferentes países apelando ao governo da Tanzânia que o que está a acontecer não é correto. E esses esforços ainda não foram bem-sucedidos", afirma.

Tundu Lissu regressou à Tanzânia para as eleições deste ano, depois de ter estado na Bélgica durante três anos, em tratamentos na sequência de uma tentativa de assassinato que sofreu em 2017, a que atribuiu a motivações políticas. Mas pondera regressar à Europa.

"A situação de segurança neste momento não é boa. Tenho de levar a sério estas ameaças e dar-lhes um peso e consideração especiais", disse na entrevista à DW África.

Presidente John Magufuli tomou posse a 05 de novembroFoto: Tanzania Presidential Press Service

Polícia acusa oposição

A polícia tanzaniana insiste na acusação de que os opositores estão a planear a desordem pública. Segundo Lazaro Mambosasa, comandante da polícia em Dar es Salam, a perseguição aos suspeitos vai continuar, até terem "a certeza de que adiaram ou abandonaram as suas más intenções."

"Todos os cidadãos estão a apoiar a polícia. Todos continuam a condenar as ações para planear a destruição. Os cidadãos continuam a explicar que não estão prontos a ir para as ruas como lhes foi aconselhado", declarou Mambosasa.

Além do líder do Chadema, há outros políticos da oposição na Tanzânia em fuga por temerem pela vida. O antigo membro do Parlamento tanzaniano Godbless Lema e a sua família foram este final de semana detidos no vizinho Quénia, para onde se dirigiram em busca de segurança.

Daud Lonyorokwe, porta-voz da polícia da região de Kajiado, confirma a detenção de Godbless Lema. "Ele entrou ao país sem passar pela migração e o seu passaporte não tem nenhuma autorização de entrada", justificou.

Citado pela imprensa queniana, Godbless Lema disse que as autoridades migratórias do Quénia se recusaram a carimbar o seu passaporte. Lema está entre os três líderes da oposição que teriam sido detidos na semana passada, juntamente com Tundu Lissu, por mobilizarem manifestações populares para exigir novas eleições.

Esta é a minha cidade: Dar es Salaam

01:27

This browser does not support the video element.

Saltar a secção Mais sobre este tema