Proibição total de sacos de plástico entrou em vigor este sábado (01.06) na Tanzânia. Multas para quem desobedecer à medida podem chegar a 400 mil dólares ou dois anos de prisão.
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A Tanzânia junta-se a outros países africanos – incluindo o Ruanda e o Quénia – ao proibir o uso e a fabricação de sacos de plástico. A multa para quem seguir fabricando este tipo de produto pode chegar a 400 mil dólares ou até dois anos de prisão. E os cidadãos que usarem sacos de plástico terão de pagar o equivalente a 13 dólares. As informações foram avançadas por fonte do Governo.
O Conselho Nacional de Gestão Ambiental (NEM) disse, em um comunicado divulgado neste sábado, que cerca de 200 toneladas de sacos de plástico foram coletadas em Dar es Salaam durante uma campanha que durou cerca de duas semanas.
Ambientalistas elogiaram a proibição, observando que será um longo caminho para lidar com a degradação ambiental devido ao uso de sacos de plástico.
"O plástico é o poluidor número um do meio ambiente, um silencioso matador do meio ambiente. Isso acontece porque leva mais de 100 anos para que um único saco de plástico decomponha-se", disse Amani Ngusaru, diretor da organização não governamental ambiental WWF.
Proibição
A proibição foi inicialmente anunciada pelo primeiro-ministro Kassim Majaliwa no Parlamento no início de maio. Majaliwa pediu às indústrias produtoras de plásticos no país para começar a fabricar alternativas.
Uma declaração no site da WWF observa que a Tanzânia junta-se a cerca de 13 países em África que proibiram ou introduziram uma taxa sobre sacos de plástico para controlar e eventualmente interromper o seu uso.
Quénia proíbe sacos de plástico
Uma proibição de sacos de plástico entrou em vigor no Quénia. Os sacos são um problema sério - mas quem os vender no país arrisca-se agora a uma multa de milhares de dólares ou até a ir para a prisão.
Foto: Reuters/T. Mukoya
Sacos são um perigo
A esta lixeira vêm parar montanhas de sacos de plástico cheios de tudo um pouco. Mas as Nações Unidas alertam para o perigo ambiental e de saúde que estes sacos colocam - são locais propícios para mosquitos que transportam doenças como a malária ou a febre-amarela. Estas pessoas, que recolhem materiais na lixeira para a sua posterior reutilização, estão particularmente expostas a este perigo.
Foto: Reuters/T. Mukoya
Lixo até perder de vista
Os sacos de plástico são um problema. Estima-se que todos os dias, no Quénia, sejam distribuídos cerca de 100 milhões de sacos - só em supermercados. Os sacos de plástico acumulam-se nas ruas e nas lixeiras. Dandora é a maior lixeira da capital Nairobi. Muitas pessoas vêm aqui buscar materiais para vender.
Foto: Reuters/T. Mukoya
Peso pesado
O lixo é vendido a peso. Há preços fixos para cada quilo de vidro, metal e plástico. Num dia bom, quem vem aqui pode conseguir juntar lixo suficiente para conseguir o equivalente a três euros. No chão ficam incontáveis sacos de plástico.
Foto: Reuters/T. Mukoya
Festim para as aves
As montanhas de plástico servem de miradouro para as aves, que andam na lixeira à procura de comida. Muitos animais morrem por causa de sacos de plástico. Aves, peixes ou, por exemplo, tartarugas, que os confundem com comida. Antes do Quénia, já houve vários países que declararam guerra aos sacos de plástico - incluindo Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau.
Foto: Reuters/T. Mukoya
Quando a nossa comida se alimenta do lixo
Estas vacas também comem os restos da comida entre o lixo de plástico. Os ambientalistas alertam que, ao decompor-se, o plástico atrai químicos tóxicos - que são ingeridos muitas vezes pelos animais.
Foto: Reuters/T. Mukoya
Da lixeira para o matadouro
Algumas das vacas que andam à solta a comer o lixo de Dandora acabam no matadouro. O Governo queniano decidiu pôr um travão ao uso excessivo do plástico. A partir de agora, quem usar, produzir ou importar sacos de plástico arrisca-se a uma multa de até 38 mil dólares ou de até quatro meses de prisão.
Foto: Reuters/B. Ratner
O regresso do plástico
No estômago das vacas encontra-se frequentemente plástico. A proibição de sacos de plástico no Quénia deverá, agora, contribuir para minimizar situações deste género. Sacos para fins industriais poderão, no entanto, continuar a ser produzidos. O Quénia proibiu o uso de sacos de plástico por duas vezes, em 2007 e em 2011, mas não conseguiu implementar a legislação. À terceira será de vez?