1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Teodorin Obiang recorre de sentença da justiça francesa

Lusa
4 de novembro de 2017

Teodorin Obiang, vice-presidente da Guiné-Equatorial, recorreu nesta sexta-feira (03.11) da sentença de três anos de prisão com pena suspensa por corrupção, entre outros crimes, disse à agência EFE um dos seus advogados.

Äquatorialguinea Teodoro Obiang Nguema Mangue
Foto: Getty Images/AFP/A. Senna

Teodorin Obiang, de 48 anos, vice-Presidente e filho do Presidente da Guiné Equatorial, apresentou o recurso no Tribunal de Recurso de Paris. Foi condenado, no passado dia 27 de outubro, a três anos de prisão com pena suspensa por ter construído de modo fraudulento em França um património "considerável".

O governante equato-guineense, que não compareceu no tribunal correcional de Paris que o julgou, foi considerado culpado de branqueamento de capitais, abuso de bens sociais, desvio de fundos públicos, abuso de confiança e corrupção.

Teodorin foi condenado ainda a uma multa de 30 milhões de euros que só terá de pagar caso cometa mais algum crime em França.

Bens confiscados

Duas ferraris de Teodorin Obiang foram confiscadas Foto: picture-alliance/dpa/L. Gillieron

Os bens de Teodorin Obiang - adquiridos através de lavagem de dinheiro - foram confiscados e totalizam mais de 100 milhões de euros. São 18 veículos de luxo, obras de arte avaliadas em mais de 16 milhões de euros, jóias cujo valor estimado é de dez milhões de euros, além de um bem imobiliário com uma superfície de 2.835 metros quadrados.

A defesa do dirigente argumentou, nas alegações finais, em julho, que o julgamento em França é "uma ingerência nos assuntos de um Estado soberano" e que esteve repleto de "ofensas, calúnias, insultos e injúrias".

A Guiné Equatorial foi descoberta por portugueses e é uma antiga colónia espanhola que aderiu, em 2014, à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

O Governo é acusado por várias organizações da sociedade civil de constantes violações dos direitos humanos e perseguição a políticos da oposição.

Saltar a secção Mais sobre este tema