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Nyusi pede à UE para financiar militares do Ruanda e SADC

Lusa
9 de fevereiro de 2022

No último dia da visita a Bruxelas, o Presidente moçambicano sublinhou a necessidade de continuar a combater o terrorismo na província de Cabo Delgado. "Prevalecem riscos substanciais", alertou Filipe Nyusi.

Foto: DW

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, apelou à União Europeia para a necessidade de financiar as forças militares do Ruanda e Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) no combate a insurgentes em Cabo Delgado.

"O combate envolve altos custos para os nossos parceiros", referiu. "Não vão continuar por muito tempo, para toda a vida e as operações podem ser afetadas" se não houver apoios,.

"A União Europeia está ciente", acrescentou Nyusi, numa conferência de imprensa à saída de Bruxelas.

O chefe de Estado, que completou uma visita de três dias à capital europeia, em que contactou com diversos dirigentes da UE, afirmou: "Nós não temos para dar, apesar de haver muito esforço. Vontade não nos falta".

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"Se pudermos fazer parte do grupo conjunto que mobiliza apoios, isso faremos", tanto junto da UE como de "outros parceiros", referindo que ainda há poucos dias o fez nos encontros da União Africana (UA) em Adis Abeba.

"Dentro de dias de certeza que vamos ter apoios ao nível de equipamento que a UE usa e que está no Camarões", referiu, sem mais detalhes.

Combate continua

Sobre a situação em Cabo Delgado, o Presidente moçambicano deixou alguns alertas.

"Deixámos claro que prevalecem riscos substanciais, apesar de a situação ser encorajadora, termos ocupado as sedes distritais e algumas bases [rebeldes terem sido] todas destruídas", disse. "Essa situação pode a qualquer momento voltar a evoluir e expandir-se para outras regiões do país e mesmo fora das fronteiras".

Nyusi sublinhou ser do interesse do Governo moçambicano "assegurar o combate ao terrorismo", falando da "necessidade de apoio aos intervenientes para que possam levar a cabo a sua missão".

Ao mesmo tempo, o Presidente moçambicano apelou ao apoio à reforma do Estado no setor da Defesa e Segurança, o qual espera "garantir capacidade no futuro" e que significa "formação e especialização".

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