1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Tranças africanas voltam à moda

21 de dezembro de 2017

Em Angola, muitas mulheres optam, cada vez mais, por fazer tranças africanas tradicionais, em vez de aplicar tissagens brasileiras ou postiços. Para várias, é uma questão de valorização da cultura nacional.

Elfenbeinküste Frau bei Friseur in Abidjan
Cabelereiras a trançar o cabelo da cliente, em Abidjan na Costa do Marfim (foto ilustrativa)Foto: Getty Images/AFP/S. Kambou

Nos salões de beleza, um pouco por toda Angola, há cada vez mais mulheres a pedir para fazer tranças tradicionais. A época festiva aproxima-se e a procura é tão grande, que os preços aumentaram. As tranças podem custar até 4.000 kwanzas (mais de 20 euros).

Angelina Isabel é uma cliente assídua de um salão de beleza improvisado no Huambo.

"Normalmente, neste mês, como tem muita aderência, elas estão a aumentar muito os preços. Pelo menos, eu vou pagar quatro mil", revela.

É caro, mas compensa, diz a cliente.

"Para mim, ser mais africana é melhor. Aconselho às mulheres, para mudar um pouco o visual, usando as nossas tranças tradicionais, o postiço de mão, tem escama também. São tranças que tornam a pessoa mais identificada", considera.

Áudio Tranças corrigido - MP3-Stereo

This browser does not support the audio element.

Grande procura

Victorina Graça trabalha há um ano como "trançadeira" e confirma que há cada vez mais mulheres a pedir para fazer tranças. Quanto aos preços, sai mais caro ao fim de semana.

"Os preços não são muito elevados, depende do tipo de tranças. Cada trança tem o seu preço. Por exemplo, as tranças de mão compridas, cobramos 3.000 kwanzas [cerca de 15 euros]. Afro, cobramos 4.000 kwanzas. Trançamos também crianças", descreve.

O negócio corre bem, de acordo com Rosalina Maurício, outra "trançadeira", que está há oito anos no ofício.

As tranças estão, de facto, na moda, segundo a profissional. E as redes sociais ajudaram.

"Muita procura, principalmente neste mês de dezembro. Acho que [as mulheres] estão a dar mais importância por causa da internet, acho eu. Há muita procura sim", afirma Rosalina Maurício.

Saltar a secção Mais sobre este tema