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TerrorismoAlemanha

Alemanha: Prisão perpétua para atacante da sinagoga de Halle

Lusa
21 de dezembro de 2020

O tribunal de Magdeburgo, na Alemanha, condenou a prisão perpétua Stephan Balliet, o alemão responsável pelo ataque anti-semita contra a sinagoga de Halle no leste do país, em 2019.

Magdeburg I Prozess zum Terroranschlag von Halle
Stephan BallietFoto: Hendrik Schmidt/dpa/picture alliance

A 9 de outubro de 2019, Balliet tentou entrar fortemente armado na sinagoga de Halle durante a celebração do Yom Kipur, mas não conseguir passar da porta apesar de ter disparado contra a fechadura.

De imediato começou a dispararcontra o centro de Halle, matando uma mulher que se encontrava junto à sinagoga onde estavam dezenas de pessoas.

Pouco depois matou a tiro um homem que se encontrava num restaurante turco na mesma cidade tendo sido detido horas mais tarde pela polícia.

Extremista diz que não "queria matar brancos"

Stephan Balliet, alemão de 28 anos, "antissemita e misógino, foi considerado culpado da morte de duas pessoas" e de ter tentado matar "várias pessoas" no ataque de 9 de outubro de 2019, disse esta segunda-feira (21.12) a juíza do tribunal de Magdeburgo Ursula Mertens, que o condenou a prisão perpétua.

Memorial de flores na praça de Halle, um dia depois do ataqueFoto: Getty Images/AFP/R. Hartmann

Durante o julgamento, que começou em julho, Balliet admitiu que queria entrar na sinagoga e matar os 51 judeus que se encontravam no templo.

Em tribunal, o atacante pediu desculpas pela morte da mulher que assassinou afirmando que não "queria matar brancos".

 As autoridades alemãs endureceram medidas contra a extrema-direita após o ataque de Halle, do assassínio de um político por um suspeito de pertencer a um grupo neonazi e da morte de nove emigrantes em Hanau, também em 2019. 

Sem possibilidade de liberdade

Na Alemanha, a sentença de prisão perpétua prevê um mínimo de 15 anos de cadeia. O tribunal qualificou Balliet de elemento "perigoso para sociedade", pelo que lhe foi retirada a possibilidade de liberdade condicional durante o cumprimento da pena.   

A Procuradoria tinha pedido prisão perpétua estabelecendo que o acusado não sofre de qualquer perturbação mental como argumentavam os advogados de defesa. Os relatórios psiquiátricos determinaram durante o processo que o acusado podia ser julgado.

Os procuradores alemães consideraram que Balliet planeou o "ataque assassino contra cidadãs e cidadãos de religião judaica" e motivado por uma ideologia "antissemita, racista e xenófoba".

  

Meses após ataque a sinagoga, judeus sentem-se ameaçados

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