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PolíticaEtiópia

Tropas da Etiópia lançam nova ofensiva

DPA | AFP
9 de outubro de 2021

A organização TPLF fala de uma "repressão maciça" do exército contra os combatentes do Tigray. Pouco do que está a acontecer nesta região de conflito no norte etíope chega ao conhecimento da população fora do local.

Äthiopien Tigray Konflikt alter Panzer
Um tanque velho de guerra em Tigray (Foto de arquivo).Foto: REUTERS

Tropas do Governo etíope e seus aliados lançaram uma nova ofensiva contra os combatentes da Frente de Libertação do Povo Tigray (TPLF) na região de Amhara, no norte do país. Houve ataques aéreos e terrestres em diversas áreas, disseram trabalhadores humanitários à agência de notícias AFP.

Um porta-voz da TPLF disse que foram utilizados artilharia e drones. Os ataques se concentraram nas cidades de Wurgessa e Wegeltena, entre outras. Além disso, o exército terá reunido "dezenas de milhares" de soldados no norte de Amhara.

O primeiro-ministro etíope e Prémio Nobel da Paz, Abiy Ahmed, nesta segunda-feira (04.10).Foto: ASSOCIATED PRESS/picture alliance

Novo mandato

O Governo do Prêmio Nobel da Paz, Abiy Ahmed, que na última segunda-feira (04.10) prestou juramento para um novo mandato, iniciou uma ofensiva militar contra a TPLF no Tigray em novembro de 2020, que até então estava no poder nesta região da Etiópia.

Os antecedentes do conflito remontam anos de tensão entre a TPLF e o Governo de Adis Abeba. Mas outros atores se envolveram no conflito, incluindo tropas e milícias da Eritreia. Milhares de pessoas já foram mortas.

O conflito em Tigray já provoca uma crise humanitário sem precedentes.Foto: Claire Nevill/AP/picture alliance

"A Etiópia viola o direito internacional"

Em grande parte, como resultado deste conflito, até sete milhões de pessoas nas regiões de Tigray, Amhara e Afar precisam urgentemente de ajuda, de acordo com as Nações Unidas.

Na semana passada, o Ministério das Relações Exteriores em Adis Abeba expulsou sete funcionários da ONU, sob acusação de partidarismo - uma medida sem precedentes.

O Secretário Geral da ONU, António Guterres, reagiu com veemência, e disse numa reunião especial do Conselho de Segurança da referida organização, na quarta-feira (06.10), acreditar "que a Etiópia está a violar o direito internacional".

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