Trump diz que forças dos EUA sairão em breve da Síria
Lusa | kg | EFE | AFP
30 de março de 2018
Presidente norte-americano afirma em discurso que chegou a hora de "outros tomarem conta do problema". "Estamos lá por uma razão: acabar com o Estado Islâmico e voltarmos para casa", diz Trump.
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou esta sexta-feira (30.03) que as forças militares americanas deixarão a Síria "muito em breve", dizendo que chegou a hora de "outros tomarem conta do problema".
"Sairemos da Síria muito em breve", afirmou Trump durante um discurso em Ohio. "Estamos lá por uma razão: encontrar o Estado Islâmico, acabar com o Estado Islâmico e voltarmos para casa."
Trump não esclareceu quem serão "os outros" que tomarão conta do problema da Síria, onde a Rússia e o Irão mantêm forças de apoio ao regime do ditador sírio, Bashar al-Assad.
"Muito em breve, muito em breve sairemos. Vamos ter 100% do califado, como eles o chamam, recuperando-o rapidamente, rapidamente", acrescentou o presidente norte-americano. "Vamos sair de lá realmente em breve. Voltando para o nosso país, para onde pertencemos, onde queremos estar", completou.
Os Estados Unidos têm mais de dois mil militares no leste da Síria, que colaboram com milícias locais no combate ao Estado Islâmico (EI), evitando envolver-se diretamente na guerra civil que assola o país.
Dois membros da coalizão dos EUA contra o EI na Síria foram mortos esta sexta-feira na cidade de Manbij, no nordeste da Síria, devido a uma explosão. Cinco pessoas ficaram feridas.
Estado Islâmico destrói Património Mundial
Palmira foi em tempos uma cidade próspera no meio do deserto. Mas a ira dos extremistas do Estado Islâmico deixou-a em ruínas. Outros patrimónios da humanidade tiveram um destino parecido: por exemplo Tombuctu, no Mali.
Foto: picture-alliance/dpa/V. Sharifulin
Antes e depois dos radicais
Resta pouco da antiga cidade-oásis de Palmira, Património da Humanidade: as termas, as avenidas de colunas e os templos majestosos foram destruídos. Em 2015, os extremistas do Estado Islâmico deitaram abaixo o templo de Baal. O fotógrafo libanês Joseph Eid mostra uma fotografia de 2014 em frente às ruínas - as imagens de Eid estão em exposição no Museu Kestner, em Hanover, no norte da Alemanha.
Foto: Getty Images/AFP/J. Eid
Destroços por todo o lado
Outras zonas de Palmira também foram destruídas pelos radicais do Estado Islâmico, que saquearam a cidade. Estas fotografias foram tiradas em março de 2016. Por enquanto, ainda não se fala em reconstruir Palmira.
Foto: picture-alliance/dpa/V. Sharifulin
Militares protegem Palmira
As tropas governamentais sírias reconquistaram Palmira. E, diariamente, desde março de 2017, militares patrulham as ruínas da cidade contra novos ataques dos radicais do Estado Islâmico. A imagem mostra os destroços do antigo Arco do Triunfo, que foi destruído quase por completo.
Foto: REUTERS/O. Sanadiki
Tombuctu, no Mali
Estes minaretes de argila, típicos do Mali, foram destruídos pelos extremistas do Estado Islâmico em 2012. Entretanto, foram reconstruídos à imagem dos antigos edifícios históricos. O Tribunal Penal Internacional, em Haia, instaurou um processo contra um extremista devido à destruição do Património Mundial.
Foto: picture-alliance/dpa/E.Schneider
Mar Elian, na Síria
O antigo mosteiro de Mar Elian, construído por cristãos a sudeste da cidade de Homs, foi em tempos um edifício magnífico, reconhecido pela UNESCO como Património da Humanidade. Mas militantes do Estado Islâmico também destruíram o mosteiro.
Foto: picture-alliance/dpa/Islamischer Staat
Destruição e propaganda
Não é possível verificar integralmente a autenticidade desta cena. Esta é uma imagem retirada de um vídeo propagandístico do Estado Islâmico, que mostra alegadamente os muros do mosteiro de Mar Elian a serem destruídos por bulldozers. Entretanto, militares sírios reconquistaram a cidade de al-Qaryatain e o mosteiro deverá ser reconstruído.
Foto: picture-alliance/dpa
Hatra, no Iraque
No início de 2015, extremistas do Estado Islâmico também destruíram algumas zonas da antiga cidade de Hatra, ex-capital do primeiro reino árabe - a fotografia mostra a cidade antes do ataque. Também foram destruídas estátuas milenares da época dos assírios em Mosul, no norte do Iraque, e na antiga cidade de Nínive. A cidade histórica de Nimrud terá sido demolida com bulldozers.
Foto: picture-alliance/N. Tondini/Robert Harding
Bamiyan-Tal, destruída pelos talibãs
Em 2001, os talibãs, do Afeganistão, destruíram estátuas do Buda de Bamiyan, que foram esculpidas em arenito vermelho no século VI. Só ficaram as covas onde elas estavam. Agora, as estátuas de 50 metros estão a ser reconstruídas com impressoras 3D.