A partida decorreu na cidade de Porth Elizabeth. O primeiro golo foi apontado no começo da segunda parte por Wakaso Mubarak na marcação de uma grande penalidade, aos 54 minutos.

Os "Tubarões Azuis", nome como é conhecida a seleção de Cabo Verde, arriscaram para chegar a igualdade e, já em períodode descontos, aos 90+5 minutos, quando todos os jogadores cabo-verdianos estavam na área ganesa, para a marcação de um pontapé de canto, Mubarak voltou a marcar, mandando assim os Tubarões Azuis para casa.

Eliminados, mas de cabeça erguida

Apesar da eliminação os cabo-verdianos sentem-se realizados, afinal a sua entrada e trajeto na competição é histórica. Recorde-se que foi a primeira vez que os Tubarões Azuis participaram do Campeontato Africano das Nações, CAN. Entretanto, as críticas ao árbitro da partida são muitas. Rajindraparsad Seechurn é da Mauritânia, entendidos e leigos em matéria de futebol, consideram que cometeu muitos erros.

No final do jogo Lúcio Antunes, treinador de Cabo Verde, disse triste mas convecido: "Hoje, todos apreciámos um grande jogo. Mas, infelizmente, a melhor equipa regressa a casa e o torneioperdeu o seu brilho."

O técnico da formação cabo-veridana não escondeu as desconfianças em relação a atuação do árbitro: "Este foi o nosso quarto jogo e sobre os três primeiros não há questões. Neste há. Tirem as vossas próprias conclusões [dirigindo-se à comunicação
social]. Eles prefeririam ver o Gana nas meias-finais ou ter 200 espetadores
de Cabo Verde contra o Togo nas meias-finais?"

Cabo Verde fazia parte do Grupo "A", onde estavam também Angola, Marrocos e África do Sul. Recorde-se que Angola foi a primeira dos Países Africanos de Língua Portuguesa (PALOP) a ser eliminada da prova.

Autora: Nádia Issufo/Lusa
Edição: António Rocha