Na Tunísia, os eleitores vão escolher um novo Presidente no domingo (15.09.). Dos 26 candidatos, os favoritos são o atual primeiro-ministro, um candidato do partido islamista Ennahda e um "tubarão" da comunicação social.
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O candidato Nabil Karoui é o fundador do maior canal privado de televisão da Tunísia. Há três semanas Nabil Karoui foi detido pelas autoridades e acusado de fuga fiscal e lavagem de capitais.
A Porta-voz do seu partido Qalb afirma que se trata de um escândalo. Entretanto, Nabil Karoui, mesmo estando na prisão, não renunciou à sua candidatura: "Tememos que os diferentes concorrentes à presidência estejam a ser discriminados. Nabil Karoui foi impedido de fazer campanha. Exigimos que ele seja liberto imediatamente, para que o povo tunisino não se veja obrigado a eleger um candidato que se encontra na prisão."
Youssef Chahed um perigo para a liberdade e democracia?
Outro candidato é Youssef Chahed, atual primeiro-ministro, 43 anos de idade. Youssef Chahed é acusado de estar por trás da detenção do seu rival.
Tunísia: Quem são os favoritos nas presidenciais?
Hamma Hamami é membro do partido "Front Populaire" e entende que "o Sr. Youssef Chahed constitui um perigo para a liberdade e a democracia tunisinas. Trata-se de uma pessoa que não olha a meios para se manter no poder. Age como um pequeno ditador tunisino."
De facto Youssef Chahed quer muito ser Presidente, tendo para isso renunciado temporáriamente ao cargo de primeiro ministro. Confrontado pela imprensa, Chahed nega qualquer envolvimento na detenção do seu rival Nabil Karoui.
"A data da sua detenção é presisamente uma prova de que a justiça é independente. São os juizes que decidem, independentemenre da data das eleições. Os trabalhos da justiça nada têm a ver com a agenda política. E é assim que deve ser em democracia!", Chahed distancia-se assim do caso.
Abdelfattah Mourou quer transformações
Abdelfattah Mourou é o candidato do influente partido islâmcio Ennahda, que pretende transformar a Tunísia de forma radical. O candidato entende que "a tarefa do novo Presidente é encetar reformas estruturantes, mediante um diálogo nacional abrangente, para podermos encontrar soluções rápidas e viáveis."
A Tunísia vai a votos neste domingo (15.09.). Há 26 candidatos, mas muitos tunisinos continuam céticos quanto ao futuro do país.
Muitos perderam a esperança de mudanças, depois de muitas deceções na sequência da revolução de 2011 que culminou com o fim do regime do então presidente Ben Ali.
Momentos do Mundial de 2018 na Rússia
Rússia é país anfitrião da 21ª edição do Mundial: 12 estádios em quatro fusos horários. 32 seleções e 732 jogadores chegaram à Rússia com o mesmo objetivo: vencer a final, em Moscovo, no dia 15 de julho.
Foto: Reuters/M. Sezer
14 de junho: Cerimónia de abertura polémica
As apresentações musicais de Robbie Williams e da soprano russa Aida Garifullina deram o pontapé inicial para o Mundial de 2018. E teve polémica: o cantor britânico mostrou o dedo do meio às câmaras justamente na parte "I did it for free" ("Eu fiz de graça") da música "Rock DJ". Segundo ele, foi uma resposta aos críticos que afirmaram que Williams foi comprado pelo Kremlin.
Foto: Getty Images/C. Rose
15 de junho: O dia de CR7
O segundo dia do Mundial foi o de Cristiano Ronaldo. Com três golos, o último deles um golaço de falta nos minutos finais, CR7 garantiu o empate de Portugal em 3 a 3 contra a Espanha. Ele igualou Pelé e os alemães Uwe Seeler e Miroslav Klose como os únicos jogadores a marcar em quatro Mundiais seguidos.
Foto: picture-alliance/AP Photo/S. Grits
17 de junho: Alemanha irreconhecível!
Irreconhecíveis em campo, os campeões do Mundial de 2016 (no Brasil) começaram o campeonato com derrota: 1 a 0 para o México em Moscovo. Os jogadores alemães não esconderam a preocupação com o desempenho da equipa depois do jogo. A Alemanha não perdia em estreias em Mundiais desde 1982 (em Espanha), quando perdeu para a Argélia. Mau presságio para este Campeonato Mundial da FIFA na Rússia...
Foto: Reuters/A. Schmidt
19 de junho: Uma andorinha só não faz verão
A estrela egípica Mohamed "Mo" Salah até marcou de penálti, mas não conseguiu evitar a derrota do Egito contra a anfitriã Rússia. Salah é apenas o terceiro egípcio a marcar em mundiais, depois de Abdulrahman Fawzi, que balançou as redes duas vezes em 1934, e Magdi Abdelghani, em 1990.
Foto: Reuters/P. Olivares
20 de junho: É ele e mais dez
Imparável! Na segunda jornada do Mundial, Cristiano Ronaldo brilhou de novo. O português foi decisivo e marcou, de cabeça no início do primeiro tempo, o golo que deu a vitória à sua seleção contra Marrocos.
Foto: Reuters/K. Pfaffenbach
22 de junho: Na bacia das almas
O Brasil sofreu - e sofreu muito para conseguir sua primeira vitória. Foram mais de 90 minutos até que Coutinho surgisse na área e, com um toque por baixo das pernas do guarda-redes da Costa Rica, Navas, até então herói absoluto da partida, abrisse o placar. Marcou também o jogo um penálti apontado em Neymar (foto), mas sobre o qual o árbitro, após interferência do VAR, voltou atrás.
Foto: Reuters/M. Brindicci
23 de junho: Bélgica favorita
A ótima geração belga mostrou que quer ser levada a sério no Mundial de 2018. Os belgas mostraram um futebol envolvente e golearam com autoridade a Tunísia, por 5 a 2. Destaque para Romelu Lukaku (9) e Eden Hazard (10), que marcaram dois golos cada. Pela primeira vez, a Bélgica marcou cinco golos numa partida dum campeonato mundial.
Foto: imago/Photonews/Panoramic
23 de junho: "Kroosartig"
Aos 49 minutos do segundo tempo, sob pressão de precisar da vitória para manter vivas as chances de classificação, o alemão Toni Kroos assumiu a responsabilidade e colocou no ângulo do guarda-redes sueco Robin Olsen. Êxtase e alívio para os campeões mundiais de 2014, que novamente jogaram abaixo de suas capacidades. A imprensa alemã classificou o golo como "kroosartig" (magnífico).
Foto: Reuters/
24 de junho: Passeio inglês
Sempre vista com desconfiança em Copas do Mundo, a Inglaterra apresentou seu cartão de visitas para entrar na lista de favoritas ao título desta edição do torneio goleando o Panamá por 6 a 1. O avançado Harry Kane marcou três vezes – primeiro "hattrick" inglês desde Gary Lineker, no Mundial de 1986 no México.
Foto: Reuters/M. Childs
25 de junho: VAR protagonista
Os minutos finais de Espanha x Marrocos e de Portugal x Irão foram decididos pelo árbitro de vídeo (VAR). Em Kaliningrado, a decisão correta em validar o golo de empate de Isco. Em Saransk, penálti duvidoso dado para o Irão, apesar de consultas às imagens. Com empates nos dois jogos, a Espanha classificou-se em primeiro lugar.
Foto: Reuters/M. Sezer
26 de junho: 40 anos depois...
A última participação do Peru num Mundial havia sido em 1982, na Itália. A longa espera foi recompensada no terceiro jogo da fase de grupos na Rússia. Depois de 36 anos, o Peru voltou a marcar um golo. E depois de 40 anos, o Peru voltou a vencer um jogo numa Copa do Mundo. Graças também ao avançado Paolo Guerrero, liberado da suspensão por doping pouco antes do Mundial.
Foto: Reuters/M. Rossi
27 de junho: Vexame histórico da Alemanha
A Alemanha perde para a Coreia do Sul e se despede de forma melancólica do Mundial de 2018. É o maior fiasco da história da seleção alemã, que, pela primeira vez, não supera a fase de grupos num Mundial. Detalhe: bastava uma vitória simples da "Mannschaft" contra a virtualmente eliminada Coreia do Sul.
Foto: Reuters/M. Dalder
27 de junho: Speedy González
Jesus Gallardo entrou para a história dos Mundiais. O mexicano recebeu o cartão amarelo com apenas 15 segundos de jogo – a advertência mais rápida num Mundial. O México foi derrotado pela Suécia, por 3 a 0, mas garantiu a classificação graças a derrota da Alemanha contra a Coreia do Sul.
Foto: Reuters/D. Sagolj
28 de junho: Primeira classificação por Fair Play
Mesmo perdendo para a Polónia por 1 a 0, o Japão avançou para os oitavos de final como a primeira seleção na Copa do Mundo a se classificar pelo critério do Fair Play. A derrota do Senegal para a Colómbia, deixou japoneses e senegaleses iguais em número de pontos e saldo de golos no segundo lugar do Grupo H. Assim, o critério de desempate foram os cartões amarelos: Japão tinha dois a menos.
Foto: Reuters/T. Hanai
28 de junho: Todas as equipas africanas eliminadas
Depois de 40 anos, a Tunísia volta a celebrar uma vitória num Mundial com um 2 a 1 contra o Panamá. Em cinco participações, a única vitória havia sido justamente no seu primeiro jogo, em 1978: 3 a 1 no México. No Mundial da Rússia, porém, todos os cinco representantes africanos - Tunísia, Marrocos, Egito, Senegal e Nigéria - foram eliminados na fase de grupos. Algo que não ocorria desde 1982.
Foto: Getty Images/C. Ivill
30 de junho: Mbappé elimina Messi
Com 19 anos e seis meses, Kylian Mbappé se tornou o jogador mais jovem a marcar dois golos num jogo de um Mundial desde o brasileiro Pelé, que anotou dois golos na final de 1958, contra a Suécia, com 17 anos e oito meses de idade. Mbappé foi o protagonista da vitória da França, por 4 a 3, contra a Argentina, que resultou na eliminação da estrela argentina Lionel Messi.
Foto: Reuters/P. Olivares
30 de junho: Cavani supera CR7
Edinson Cavani é ajudado por Cristiano Ronaldo – um deixa o campo lesionado, o outro o Mundial. Enquanto o avançado uruguaio anotou os dois golos que garantiram a classificação da "Celeste", Ronaldo teve uma atuação apagada. No mesmo dia, Lionel Messi e Cristiano Ronaldo são eliminados do Mundial. Pior para o futebol, pior para o Mnudial!
Foto: Reuters/M. Sezer
1 de julho: Subašić iguala recorde
Os guarda-redes brilharam no empate em 1 a 1 entre Croácia e Dinamarca. Nas grandes penalidades, o croata Danijel Subašić defendeu três cobranças e igualou o recorde do português Ricardo, estabelecido em 2006. O seu colega de posição da Dinamarca, Kasper Schmeichel, também defendeu três penáltis, um deles no segundo tempo do prolongamento.
Foto: Reuters/J. Cairnduff
1 de julho: Akinfeev enlouquece a Rússia
No jogo da Rússia contra a Espanha, os anfitriões venceram apesar da posse de bola dominante dos espanhóis. Depois de 120 minutos de pouco futebol, o guarda-redes russo, Igor Akinfeev, defendeu as grandes penalidades de Koke e Iago Aspas e colocou a "Sbornaya" (a seleção russa) nos quartos de final.
Foto: Reuters/C. Recine
2 de julho: Neymar sela recorde do Brasil
Neymar abriu o placar contra o México e marcou o 227º golo do Brasil em campeonatos mundiais da FIFA. Com isso, o Brasil ultrapassou a Alemanha e ostenta o recorde de seleção com mais golos marcados em Mundiais. Neymar ainda deu a assistência para o golo de Roberto Firmino, que selou a vitória por 2 a 0 contra os mexicanos.
Foto: Reuters/C.G. Rawlins
2 de julho: A Bélgica e o imponderável
Que jogo! Que virada! O Japão chegou a fazer 2 a 0 no segundo tempo, mas a Bélgica conseguiu a improvável virada, nos acréscimos, com este golo de Nacer Chadli. A seleção belga é a primeira a vencer no tempo normal um jogo de mata-mata de um Mundial após estar dois golos atrás no segundo tempo.
Foto: Reuters/T. Hanai
3 de julho: Inglaterra supera trauma dos penáltis
A Inglaterra encerrou o tabu de nunca ter vencido uma disputa de grandes penalidades na história dos Mundiais. Os ingleses classificaram-se para os quartos de final com uma vitória conta a Colómbia, por 4 a 3 (empate por 1 a 1 no tempo normal). O avançado Harry Kane converteu os seus dois penáltis – um durante o tempo regular e outro na disputa eliminatória.