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EconomiaRepública Democrática do Congo

Turquia e RDC assinam sete acordos bilaterais

Lusa
21 de fevereiro de 2022

PR turco firmou em Kinshasa sete acordos bilaterais no âmbito da economia e segurança. "Reafirmámos mutuamente a nossa vontade de desenvolver a cooperação", disse Recep Tayyip Erdogan, que visita Bissau na quarta-feira.

Recep Tayyip Erdogan (esq.) e o seu homólogo congolês Félix Tshisekedi (dir.)Foto: Turkish President Press Office/EPA-EFE

A visita do Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, à República Democrática do Congo (RDC), onde chegou no domingo, fica marcada pela assinatura de sete acordos bilaterais de cooperação no domínio económico e de segurança entre Ancara e Kinshasa, esta segunda-feira (21.02).

"Reafirmámos mutuamente a nossa vontade de desenvolver a cooperação bilateral" e, no total, "foram assinados sete acordos entre a Turquia e a República Democrática do Congo", fez saber o Presidente turco através da rede social Twitter.

Foram assinados um acordo-quadro militar, um protocolo sobre ajuda financeira e um acordo de cooperação sobre a indústria de defesa, segundo fontes congolesas não identificadas pela agência France-Presse.

Os outros memorandos de entendimento dizem respeito à construção do Centro Financeiro de Kinshasa, infraestruturas e transporte fluvial no rio Congo e seus afluentes e construção de 1.083 quilómetros de autoestrada e de uma linha ferroviária.

Centro Financeiro Kinshasa

O ministro do Urbanismo congolês e um funcionário turco lançaram a construção do "Centro Financeiro Kinshasa", que albergará o Ministério das Finanças e os seus vários departamentos, numa concessão localizada não muito longe da escola turca, no distrito empresarial de Gombe, na zona norte da capital congolesa.

No domingo, depois de um encontro a dois com Erdogan, Presidente congolês, Felix Tshisekedi, saudou a assinatura dos acordos, considerando "que simbolizam o desejo de reforçar as relações" bilaterais.

Erdogan foi recebido com honras militares no domingo (20.01), em KinshasaFoto: Turkish President Press Office/EPA-EFE

No domínio da segurança, Kinshasa pediu "o apoio da Turquia para lutar contra as milícias e grupos terroristas no leste do país", flagelado por violência severa há quase 25 anos, disse o Presidente da RDC.

Erdogan foi acompanhado esta manhã ao aeroporto de Ndjili por Tshisekedi, de onde partiu em direção ao Senegal. O périplo do Presidente por África decorrerá até 23 de fevereiro e levá-lo-á ainda à Guiné-Bissau.

Relação Turquia-África 

A Turquia tem vindo a reforçar a sua presença em África. Desde 2003, o seu volume de comércio com o continente aumentou de 2 mil milhões de dólares para, pelo menos, 25 mil milhões de dólares. 

Erdogan visitou África quase 40 vezes desde 2005, tanto como primeiro-ministro como Presidente, sempre acompanhado por homens de negócios turcos.

Desde então, a Turquia abriu cerca de 40 embaixadas no continente e expandiu a rede da sua companhia aérea nacional, a Turkish Airlines. 

A influência da Turquia em África está, por outro lado, cada vez mais relacionada com o universo da defesa. O país inaugurou a sua primeira base militar em África em 2017, na Somália.

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