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PolíticaSomália

Somália: UA lamenta expulsão de diplomata moçambicano

Lusa | tm
11 de abril de 2022

Presidente da União Africana (UA), Mousa Faki Mahamat, expressa preocupação com decisão do primeiro-ministro da Somália de considerar "persona non grata" o embaixador moçambicano Francisco Madeira.

AU Beauftragter für Somalia, Francisco Madeira
O diplomata moçambicano Francisco Madeira em Mogadíscio (foto de arquivo).Foto: Charles Onyango/Photoshot/picture alliance

O Presidente da União Africana (UA), Mousa Faki Mahamat, manifestou-se solidário com a posição do Presidente somali, Mohamed Abdullahi Mohamed, de criticar a decisão do Governo de Mogadíscio de expulsar o diplomata moçambicano Francisco Madeira da Somália.

As declarações do líder da UA vêm no contexto de uma disputa entre o primeiro-ministro e Presidente somalis. 

Mahamat felicitou igualmente o compromisso do Presidente somali de continuar a cooperar com a Missão da UA de Transição na Somália (ATMIS, na sigla inglesa).

O presidente da UA reafirmou "a sua plena confiança" no representante especial da UA na Somália, o embaixador moçambicano Madeira, e reiterou "o contínuo compromisso de ajudar a nação irmã da República Federal da Somália no objetivo de restaurar uma paz duradoura, segurança e estabilidade", lê-se no comunicado.

Presidente somali Mohamed Abdullahi Mohamed (esq.) e primeiro-ministro Mohamed Hussein Roble (dir.)Foto: Abdirahman Yusuf/AFP/Getty Images

Expulsão do diplomata 

O gabinete do primeiro-ministro somali, Mohamed Hussein Roble, emitiu uma nota no dia 07.04 exigindo a saída do país de Francisco Madeira num prazo de 48 horas, considerando o diplomata moçambicano "persona non grata" por supostamente se envolver em "atos incompatíveis com o seu estatuto".

Em novembro, o Governo somali expulsou o representante especial adjunto da UA, Simon Mulongo, e em janeiro de 2019 foi expulso o enviado especial das Nações Unidas, Nicholas Haysom, por alegada "violação de protocolos" e "interferência nos assuntos internos da Somália

O país conta com um contingente militar da UA no combate ao grupo islamita al-Shabab, que move uma guerra contra o Estado somali e controla parte do território do país.

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