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Ucrânia: Ataque russo contra Kiev atingiu zonas residenciais

nn | AFP | Lusa
14 de dezembro de 2022

O presidente da câmara de Kiev afirmou que várias explosões ocorreram na capital ucraniana. Vitali Klitschko diz que o sistema de defesa antiaérea abateu 10 'drones' de fabrico iraniano sobre Kiev e arredores.

Foto: Sergei Supinsky /AFP/Getty Images

O ataque russo com drones contra a capital da Ucrânia, esta manhã (14.12), atingiu um edifício administrativo e quatro prédios residenciais, disse a Administração Militar de Kiev. "Estilhaços de drones (aparelhos aéreos não tripulados) atingiram um edifício administrativo" na zona de Chevtchenkivsky, destacou a Administração Militar ucraniana num comunicado difundido pelo sistema de mensagens Telegram. 

De acordo com os repórteres da agência France Presse, no local, o edifício público citado no comunicado ficou parcialmente destruído. "Quatro prédios residenciais" ficaram "ligeiramente" danificados, lê-se no mesmo comunicado. 

Nas últimas semanas, a Rússia tem atacado infraestruturas energéticas da Ucrânia, afetando o abastecimento elétrico a milhões de pessoas que necessitam de aquecimento devido à descida das temperaturas. 

Entretanto, o chefe de Estado ucraniano disse que o sistema de defesa antiaéreo ucraniano abateu "um total de 13 drones" lançados pela Rússia durante o ataque contra Kiev. "Os terroristas começaram com 13 Shahed", refere a mensagem de Volodymyr Zelensky, referindo-se aos "drones kamikazes" (aparelhos aéreos não tripulados) de fabrico iraniano.

De acordo com as informações provisórias, foi abatido "um total de 13 drones" pelos sistemas de defesa antiaéreo, acrescentou o presidente ucraniano na mesma transmissão efetuada através das redes sociais. 

Anteriormente, o presidente da câmara de Kiev já tinha indicado terem havido várias explosões na capital ucraniana. "Explosões no bairro Shevchenkivsky. Os serviços [de emergência] estão a caminho", escreveu Vitali Klitschko, na plataforma Telegram.

Ataque esta manhã em Kiev atingiu prédios habitacionaisFoto: Evgeniy Maloletka/AP/picture alliance

O responsável acrescentava, na altura, que o sistema de defesa antiaérea tinha abatido 10 drones de fabrico iraniano sobre Kiev e os arredores da capital. Até ao momento, as autoridades não registaram quaisquer vítimas, de acordo com as autoridades de Kiev.

Moscovo não prevê tréguas no Natal

Umas eventuais tréguas nos combates no terreno entre as tropas russas e ucranianas no Natal ou Ano Novo estão fora de questão, declarou o Kremlin, que continua a justificar a ofensiva com a necessidade de proteger a população. "Ninguém apresentou qualquer proposta. Este assunto não está na agenda", disse o porta-voz da Presidência russa (Kremlin), Dmitri Peskov, aos jornalistas, depois de questionado sobre a possibilidade de uma pausa nos combates na Ucrânia.

Peskov indicou que a principal tarefa das Forças Armadas russas é "proteger" as populações das áreas ocupadas e reconheceu como "difícil" a situação na região de Donetsk (no leste da Ucrânia), uma das quatro regiões ucranianas que Moscovo agora reivindica como sua."A operação militar especial continua", acrescentou o porta-voz, usando os termos utilizados pelas autoridades russas para caracterizar a invasão iniciada a 24 de fevereiro por ordem do Presidente da Rússia, Vladimir Putin. 

Por outro lado, o Kremlin garantiu que, se os mísseis 'Patriot', associados aos sistemas antiaéreos que Kiev pede há vários meses aos Estados Unidos, forem enviados para a Ucrânia, tornar-se-ão "alvos legítimos" das Forças Armadas russas. "Absolutamente", disse Peskov quando questionado se concorda com as declarações do vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitri Medvedev, que, no final de novembro, disse que os mísseis 'Patriot', caso chegassem à Ucrânia, tornar-se-iam "imediatamente um alvo legítimo das Forças Armadas" russas.

Notícia atualizada às 13h50 (UTC).

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