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Ucrânia: Kiev garante libertação da região de Kherson

Lusa
11 de maio de 2022

O Governo ucraniano garantiu que a região de Kherson, no sul, será libertada pelo seu Exército, depois de as autoridades locais pró-Rússia, instaladas por Moscovo, terem anunciado que pretendem pedir a adesão à Rússia.

Foto: Celestino Arce/NurPhoto/picture alliance

Mikhailo Podolyak, conselheiro do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, condenou a decisão dos novos líderes da Administração Civil e Militar da província de Kherson, a quem se referiu como "Gauleiter", numa referência aos líderes de províncias, no regime da Alemanha nazi.

O conselheiro disse mesmo que o único pedido que as autoridades pró-russas estarão em condições de preparar será "o pedido de indulto após a sua condenação judicial".

Mikhailo Podolyak, conselheiro do Presidente ucraniano, Volodymyr ZelenskyFoto: Emin Sansar/AA/picture alliance

"O Exército ucraniano libertará Kherson. Não importa que trocadilhos os ocupantes inventem", ironizou Podolyak.

Kiril Stremoúsov, vice-chefe da Administração Civil e Militar de Kherson, anunciou esta quarta-feira (11.05) que a região planeia adotar a legislação da Federação Russa até ao final do ano, segundo a agência de notícias oficial russa RIA Novosti.

Futuro político é uma incógnita

A nova administração pró-russa da província foi instalada no poder por Moscovo no final de abril e desde então circulam rumores sobre a possível realização de um referendo sobre a autodeterminação.

Stremousov, no entanto, descartou a realização de uma consulta popular sobre a criação de uma república popular à imagem e semelhança das autoproclamadas repúblicas de Lugansk e Donetsk, reconhecidas pela Rússia como estados independentes.

O porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov, comentou esta quarta-feira (11.05) esta situação, dizendo que devem ser os habitantes da região a decidir sobre uma eventual anexação.

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