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Ucrânia pede ao G7 mais armas e mais sanções contra Moscovo

Lusa
26 de junho de 2022

O Governo ucraniano apelou aos países do G7 reunidos na Baviera, Alemanha, para enviarem mais armas e aplicarem mais sanções contra a Rússia, depois de novos ataques russos num distrito perto do centro de Kiev.

G7
Foto: IMAGO

"A cimeira do G7 deve responder com mais sanções contra a Rússia e mais armas pesadas para a Ucrânia", insistiu o chefe da diplomacia ucraniana, Dmytro Kouleba, no Twitter, pedindo a "derrota do imperialismo doente russo" na sequência de um ataque que deixou pelo menos quatro pessoas feridas.

"Uma criança ucraniana de 07 anos dormia pacificamente em Kiev até que um míssil de cruzeiro russo explodiu o seu edifício", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano.

Uma equipa da AFP viu os três andares superiores de um edifício em chamas, com a escadaria completamente destruída.

O presidente da Câmara da capital ucraniana, Vitaly Klitschko, denunciou esta forma de "intimidar os ucranianos […] no período que antecede a cimeira da NATO", prevista para começar na terça-feira em Madrid.

Chanceler alemão, Olaf Scholz, na cimeira do G7Foto: Brendan Smialowski/AFP

"É extremamente importante que, durante as cimeiras desta semana, o G7 e a NATO demonstrem que o seu compromisso em defender a Ucrânia nunca será mais fraco do que o desejo de [Vladimir] Putin de a assumir", insistiu Kouleba num artigo de opinião escrito em conjunto com a homóloga britânica, Liz Truss.

Armas pesadas

O ministro pediu de novo "um aumento e aceleração do fornecimento de armas pesadas, sanções mais duras contra todos aqueles que contribuem para a guerra de Putin e uma paragem total das importações de energia russa".

Os líderes do G7, grupo de grandes potências industrializadas (França, Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Itália, Canadá e Japão), estão reunidos no sul da Alemanha a partir de hoje para uma cimeira de três dias, à qual se seguirá uma reunião dos países da NATO (Organização do Tratado Atlântico Norte) em Madrid.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, vai apelar hoje aos membros do G7 para que mantenham o apoio económico, militar e moral à Ucrânia "pelo tempo que for necessário”, anunciou Downing Street em comunicado.

A cimeira vai também ficar marcada por novas sanções à Rússia em resposta à invasão da Ucrânia, nomeadamente a proibição de importações de ouro russo.

O anúncio foi feito através do comunicado do Governo britânico e de uma mensagem do Presidente dos EUA, Joe Biden.

"Em conjunto com o G7 anunciaremos que proibimos a importação de ouro russo, uma importação de relevo que gera dezenas de milhares de dólares à Rússia”, disse Biden no Twitter.

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