As forças russas voltaram a atacar Kiev durante a madrugada, com as defesas antiaéreas ucranianas a destruírem mais de 30 mísseis e 35 drones 'kamikaze' de fabrico iraniano.

"Este é o 15.º ataque desde o início de maio", disse a administração militar de Kiev num comunicado, referindo que os "terroristas" estão a tentar "destruir alvos-chave" e, "ao mesmo tempo, esgotar os recursos" das defesas antiaéreas ucranianas.

De acordo com a administração militar da capital ucraniana, a Rússia utilizou no ataque veículos aéreos não tripulados, ou drones, de fabrico iraniano Shahed e, "quase simultaneamente", mísseis de cruzeiro disparados desde a região do Mar Cáspio.

"O ataque contra a capital foi combinado, a partir de várias direções", acrescentou o relatório militar, que elogiou o desempenho das defesas aéreas ucranianas e mencionou que o telhado de um edifício residencial foi danificado pela queda de destroços de um projétil intercetado.

Ataques continuam

Já a meio na manhã desta segunda-feira (29.05), os jornalistas da AFP ouviram pelo menos 10 explosões. Os ataques na capital aconteceram pouco depois dos habitantes terem sido alertados pelo soar da sirene de ataque aéreo.

O Presidente da Câmara de Kiev, Vitali Klitschko, disse que houve explosões nos bairros centrais da capital, uma ocorrência rara durante o dia, e que os serviços de emergência tinham sido de emergência tinham sido enviados. O autarca apelou aos residentes para que permanecessem nos abrigos.

"Os serviços de emergência responderam a uma chamada perto do centro da capital. O ataque a Kiev continua. Não abandonem os abrigos!", escreveu numa mensagem no Telegram.

Há também registo de destruição numa instalação militar e "incêndios em depósitos de combustível" e em equipamentos militares, anunciou o governo ucraniano.

Não foram fornecidos dados sobre possíveis vítimas, assegurando as autoridades ucranianas que essa informação "estava a ser esclarecida".