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Ucrânia: "Não devemos ser cobardes" - Macron

AFP | Reuters | Lusa
6 de março de 2024

O Presidente de França, Emmanuel Macron, alertou os países aliados da Ucrânia a não serem "cobardes" no apoio ao país na luta contra a invasão russa.

Frankreich | Konferenz zur Unterstützung der Ukraine in Paris | Emmanuel Macron
Foto: Gonzalo Fuentes/AFP/Getty Images

O Presidente francês, Emmanuel Macron, reafirmou o que tinha dito na semana passada, que "apoia totalmente" a possibilidade de envio de tropas ocidentais para a Ucrânia. Essas declarações provocaram uma onda de choque em toda a Europa. É que ninguém quer enviar as suas tropas para ajudar a Ucrânia, alegando que estão a evitar o risco de uma possível guerra nuclear.

Mas, nesta terça-feira (05.03), a partir de Praga, República Checa, Emmanuel Macron avisou aos países do Ocidente que a guerra "voltou à Europa" e devem ganhar a coragem para encarar a realidade. O líder francês afirmou: "Estamos a chegar a um momento na história da Europa em que não devemos ser cobardes".

Macron, entretanto, acrescenta que "ninguém deseja ver as tragédias que se avizinham, ninguém quer ver o que está em jogo, e creio que os nossos países estão conscientes do que se passa na Europa, do facto de a guerra ter regressado ao nosso território, do facto de potências que se tornaram imparáveis estarem a aumentar a sua ameaça contra nós a cada dia que passa, atacando-nos cada vez mais".

Na semana passada, o chefe de Estado francês abriu a porta ao envio de tropas para a Ucrânia, embora tenha advertido que não existe consenso nesta fase. Os Estados Unidos e os principais aliados europeus disseram que não tencionam enviar tropas terrestres para a Ucrânia.

O ministro da Defesa da Alemanha, Boris Pistorius, já garantiu que o seu país não enviará tropas para a UcrâniaFoto: Maja Hitij/Getty Images

Alemanha não vai colocar "as botas no terreno"

Boris Pistorius, ministro da Defesa alemão, disse que a Alemanha não acompanha a posição de Emmanuel Macron: "Já tinha dito que as botas no terreno não são uma opção para a República Federal da Alemanha. Não pode ser uma opção, e não será, para o dizer muito claramente mais uma vez. "

Entretanto, nesta terça-feira (05.03), a União Europeia (UE) apresentou um plano para criar a "economia de guerra" avaliado em 1, 5 mil milhões de euros. O novo programa convida os 27 estados-membros da UE a adquirirem coletivamente pelo menos 40% do seu equipamento de defesa até 2030, disse a vice-presidente da Comissão Europeia, Margrethe Vestager.

"Os orçamentos da defesa em todos os Estados-Membros estão a aumentar acentuadamente, pelo que devemos mudar a forma como gastamos", justifica.

Vestager insiste numa abordagem comum: "Uma vez que queremos investir mais, devemos investir melhor, o que significa, em grande medida, investir em conjunto e investir a nível europeu. É esta a mensagem e o conjunto de instrumentos do pacote que hoje apresentamos. A fim de nos permitir passar do modo de resposta a crises para o modo de prontidão estrutural da defesa, de uma forma que envolva estreitamente a Ucrânia."

A guerra entre a Rússia e a Ucrânia levou muitos países europeus a aumentarem as despesas com a defesa.

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