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Ucrânia reclama reconquista de territórios no sul e no leste

DW (Deutsche Welle) | com agências
3 de julho de 2023

O Exército ucraniano reclama a reconquista de 37 quilómetros quadrados no leste e no sul da Ucrânia durante a contraofensiva em curso. Mas as forças russas também ganham terreno em Donetsk e Lugansk.

No leste, os ganhos de Kiev ascenderam a nove quilómetros quadrados
Foto: Genya Savilov/AFP

O Exército ucraniano reconquistou às forças russas um total 37 quilómetros quadrados no leste e no sul da Ucrânia durante a contra ofensiva em curso nessas regiões, disse esta segunda-feira (03.07) a vice-ministra da Defesa de Kiev, Hanna Maliar.

No sul, "o território libertado aumentou para 28,4 quilómetros quadrados", elevando para 158 quilómetros quadrados a superfície total reconquistada nesta zona do país desde o início da contra ofensiva no início de junho, disse Hanna Maliar.

No leste, os ganhos de Kiev ascenderam a nove quilómetros quadrados.

Contudo, as forças russas também estão a avançar perto das cidades sitiadas de Avdiivka, Maryinka e Lyman na região de Donetsk, mas também em Svatov, na região vizinha de Lugansk, especificou a vice-ministra da Defesa de Kiev, numa mensagem na rede social Telegram.

Por outro lado, o exército ucraniano também diz estar a ganhar terreno, com "sucesso parcial", ao sul da cidade de Bakhmut, bem como perto de Berdyansk e Melitopol, no sul da Ucrânia.

Exército de Kiev reclama a reconquista de um total 37 quilómetros quadrados no leste e no sul da UcrâniaFoto: Alex Babenko/AP/dpa/picture alliance

"Estamos a avançar, passo a passo"

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou hoje que os militares estão a progredir na contra-ofensiva, apesar de enfrentarem dificuldades.

"A semana passada foi difícil na linha de frente. Mas estamos a progredir", escreveu no Telegram.

"Estamos a avançar, passo a passo! Agradeço a todos que estão a defender a Ucrânia, todos os que estão a liderar esta guerra para a vitória da Ucrânia!"

13 drones abatidos

A Ucrânia reclama ainda o derrube de 13 aparelhos aéreos não tripulados (drones) russos nas últimas horas sem referir a eventual existência de vítimas ou danos materiais.

Segundo o Estado Maior do Exército ucraniano, "durante a madrugada, as forças de ocupação russas levaram a cabo outro ataque com drones 'Shaed' (de fabrico iraniano)", indicando que foram projetados 17 aparelhos pelas forças da Rússia. Os alvos dos ‘drones’ não foram especificados.  

A mesma fonte indica que nas últimas 24 horas foram "liquidados" em "confrontos" 600 combatentes russos, "aumentando para mais de 230 mil russos" mortos em território ucraniano desde o início da invasão em curso.  

"A semana passada foi difícil na linha de frente. Mas estamos a progredir", escreveu no Telegram o presidente ucranianoFoto: president.gov.ua

Na mesma nota, Kiev reclama a destruição de 4.057 carros de combate, 4.220 sistemas de artilharia, 391 sistemas de defesa aérea, 315 aviões, 309 helicópteros, 3.573 drones, 1.264 mísseis de cruzeiro, 18 embarcações, 6.934 veículos e contentores de combustíveis e 590 peças de "equipamento especial".  

Trata-se de informações parciais, visto que não foram confirmadas nem por jornalistas nem por entidades independentes. Desde setembro do ano passado que a Rússia não fornece dados sobre baixas ou equipamento destruído em combate.

Tentativa de assassinato do chefe da Crimeia 

A principal agência de segurança da Rússia, FSB, garante ter frustrado uma tentativa de assassinato do governador da Crimeia, Sergei Aksyonov.

Segundo agências de notícias russas, o FSB deteve um suspeito de nacionalidade russa que terá sido contratado e treinado pelos serviços de segurança da Ucrânia para colocar uma bomba no carro de Aksyonov.

"Uma tentativa de assassinato organizada pelos serviços especiais da Ucrânia visando o chefe da República da Crimeia, Sergei Aksyonov, foi frustrada", informou a agência estatal russa TASS, citando um comunicado do FSB. 

Artigo atualizado às 10h50 UTC

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