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Ucrânia: Sonangol prevê impactos no setor petrolífero

Lusa
25 de fevereiro de 2022

O presidente da Sonangol disse hoje que o conflito na Ucrânia vai ter também impacto na indústria petrolífera, tal como em todo o mundo, admitindo que seja necessário fazer ajustamentos em termos logísticos.

Rastos da guerra iniciada pela Rússia, nos arredores da capital ucraniana KievFoto: Vadim Zamirovsky/AP/dpa/picture alliance

Sebastião Gaspar Martins respondia esta sexta-feira (25.02) à agência de notícias Lusa no final de uma conferência de imprensa em Luanda onde foram apresentados os resultados preliminares da petrolífera angolana em 2021.

"Logicamente, estando nós num mundo globalizado todos os efeitos que surgem a nível deste tipo de conflito acabam por impactar a indústria em si", considerou o presidente da estatal Sonangol, salientando que, se a previsível subida dos preços do petróleo "pode ajudar" Angola, há também impacto em torno da atividade em termos de logística.

"Sim, vai ter impacto, nos aspetos logísticos vamos ter alguma necessidade de ajustar. Estamos a acompanhar a evolução desta situação", afirmou.

Preço da guerra

Gaspar Martins lembrou que Angola esteve durante muitos anos sujeita a uma guerra pelo que conhece "o preço que isto tem e não é positivo para ninguém" que a situação se prolongue.

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01:18

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"Lamentamos o que está a ocorrer, achamos que há sempre outras soluções, o impacto de se perder vidas não é positivo para ninguém e devemos todos fazer esforços para que nem sequer se inicie", assinalou.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos mais de 120 mortos, incluindo civis, e centenas de feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 100.000 deslocados no primeiro dia de combates.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e desnazificar" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo de seus "resultados" e "relevância".

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.

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