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Ucrânia: União Europeia prepara mais sanções contra a Rússia

Lusa
1 de maio de 2022

O Alto Representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, expressou "apoio contínuo" à Ucrânia por parte da UE e insistiu na "urgente" evacuação de Mariupol.

Mariupol
Civis que deixaram área perto da siderúrgica Azovstal em MariupolFoto: Alexander Ermochenko/REUTERS

Josep Borrell transmitiu este domingo (01.05) esse "apoio contínuo" dos 27 à Ucrânia num telefonema com o ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba.

"O Conselho da Associação UE-Ucrânia será um momento-chave para avançar ainda mais a nossa parceria", disse Borrell na rede social Twitter, referindo-se à principal ferramenta de colaboração entre as duas partes, que entrou em vigor em 01 de setembro de 2017.

A sétima reunião deste conselho teve lugar em Bruxelas em 21 de fevereiro de 2021 e a 12 de outubro do mesmo ano realizou-se em Kiev a última cimeira UE-Ucrânia.

Borrell, que visitou Kiev em 08 de abril, recordou, por outro lado, que a UE "está a trabalhar no próximo pacote de sanções" contra a Rússia.

Retirada do primeiro grupo de cerca de 100 civis da siderúrgica Azovstal Foto: Alexander Ermochenko/REUTERS

Sexto pacote de sanções

A UE prepara o sexto pacote de sanções contra a Rússia desde o início da invasão da Ucrânia, em que se espera que seja incluída a proibição das importações de petróleo russo.

A Alemanha já assegurou que apoia "de forma ativa" a imposição de tal embargo pela UE.

O telefonema entre Borrell e Kuleba acontece na véspera de os ministros da Energia da UE terem em Bruxelas um conselho extraordinário, convocado logo após a empresa russa de gás Gazprom ter cortado o fornecimento à Polónia e Bulgária por se terem negado a pagar em rublos.

Retirada de civis

Esta conversa coincide também com a operação para retirar um primeiro grupo de cerca de 100 civis da siderúrgica Azovstal na cidade portuária ucraniana de Mariupol, iniciada na sexta-feira.

"A situação em Mariupol é terrível, as retiradas humanitárias são urgentes", insistiu hoje o chefe da diplomacia europeia.

A UE intensificou o seu compromisso com a Ucrânia, proporcionado apoio político, financeiro e económico desde que a Rússia iniciou a invasão ao país em 24 de fevereiro.

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