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Ucrânia: Zelensky agradece "solidariedade" moçambicana

6 de julho de 2022

Presidente ucraniano disse ter conversado com o seu homólogo moçambicano esta quarta-feira (06.07). Entre os temas discutidos, esteve a crise alimentar gerada pela invasão russa da Ucrânia.

Foto: Ruslan Kaniuka/NurPhoto/Israel Zefanias/Xinhua/IMAGO

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse ter conversado com o chefe de Estado de Moçambique, Filipe Nyusi, e agradeceu a "solidariedade" moçambicana para com a Ucrânia.

Numa publicação no seu perfil na rede social Twitter, o líder ucraniano afirmou ter parabenizado Moçambique por ter sido eleito recentemente membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU.

Na mesma mensagem, Zelensky disse ter informado o seu homólogo moçambicano sobre a situação na Ucrânia, que desde 24 de fevereiro enfrenta a invasão russa.

Da mesma forma, o líder ucraniano afirmou ter discutido com Nyusi a situação de insegurança alimentar causada pelo conflito. Esta crise afeta a exportação de alimentos produzidos na Ucrânia - grande produtora de grãos - e prejudica todo o mundo, em especial o continente africano.

Sem avançar detalhes, Zelensky disse que é preciso "ultrapassar a crise alimentar gerada pela guerra".

Nyusi encorajou o diálogo entre Kiev e Moscovo

Horas depois da publicação do Presidente Volodymyr Zelensky, Filipe Nyusi manifestou-se através da sua página no Facebook.

O PR moçambicano disse ter manifestado solidariedade "pela perda de mais de dez mil vidas humanas e mais de doze milhões de deslocados, bem como a destruição de infraestruturas".

"Também expliquei a posição de abstenção tomada por Moçambique em relação ao conflito como postura decorrente da Constituição da República e da política externa, que defendem a solução de diferendos por meio do diálogo", lê-se na mensagem publicada.

Nyusi também aproveitou a conversa para encorajar a Ucrânia e a Rússia a "retomarem o diálogo direto e, com humildade, procurarem uma solução diferente da guerra".

"Reiterei a vontade de Moçambique fazer tudo o que estiver ao seu alcance para pôr fim ao conflito entre os dois países", concluiu Nyusi.

Artigo atualizado às 21h10 de 06.07.22

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