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Vítimas de ciclone pedem ajuda a Governo moçambicano

Bernardo Jequete (Chimoio)
21 de fevereiro de 2017

O ciclone Dineo causou a morte de sete pessoas na província de Manica, na região centro de Moçambique. Ao todo, 1.500 pessoas ficaram sem casa. Desalojados pedem às autoridades mais apoio.

Local onde estão temporariamente alguns dos desalojadosFoto: DW/B. Jequete

O ciclone tropical Dineo destruiu, pelo menos, 300 casas na província de Manica, segundo dados oficiais. Mil e quinhentas pessoas perderam tudo por causa do mau tempo e estão a ser realojadas.

Em Tambara, Machaze, Gondola, Sussundenga e Guro, alguns dos distritos mais afetados, os desalojados receberam tendas. Até esta terça-feira (21.02), sessenta famílias já tinham sido reassentadas em zonas seguras no distrito de Chimoio.

"Estou aqui por causa da chuva que deixou cair a minha casa na totalidade. Não tenho ninguém que me ajude a reerguer a casa, pelo menos para ter onde dormir. Por isso fomos colocados aqui", conta Sónia Paulino, uma mãe de 37 anos.

Sónia e outros desalojados pedem, agora, ajuda ao Executivo moçambicano para "ceder espaços em locais condignos, que não inundem." Solicitam também apoio alimentar.

"Estamos a pedir ao Governo para que nos conceda espaços onde possamos viver tranquilos", diz Tito Ranguisse, de 51 anos, pai de oito filhos.

Ponte destruída pela força das chuvasFoto: DW/B. Jequete

Água potável e latrinas insuficientes

Isabel Jorge, de 41 anos, também viu sua casa a desabar por causa das enxurradas. Mas a mãe de quatro filhos, queixa-se das condições do local onde foi reassentada com a família.

"Aqui temos comida, mas não há água para beber e latrinas. Por agora estamos a usar apenas uma casa de banho", afirma.

Vítimas de ciclone pedem ajuda a Governo moçambicano

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O porta-voz do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), Cremildo Quembo, promete que as autoridades vão continuar atentas às necessidades das populações que perderam tudo por causa das chuvas dos últimos dias.

"Temos ações imediatas que já tomámos, como é o caso da cidade de Chimoio. Conseguimos dar de imediato 11 tendas, 880 quilos de arroz, 124 quilos de feijão manteiga. Temos ainda muitos produtos alimentares, de construção, cobertores para atender aos necessitados".

A intempérie também provocou estragos em 41 salas de aula. Mais de dois mil alunos estão agora a assistir às aulas debaixo das árvores em Manica.

As principais estradas que dão acesso aos distritos de Mossurize, Machaze e Tambara continuam cortadas.

Uma das vias interditadas devido ao ciclone DineoFoto: DW/B. Jequete
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