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Venâncio Mondlane cancela volta a Maputo

7 de novembro de 2024

O candidato presidencial Venâncio Mondlane cancela regresso a capital moçambicana para liderar os mega protestos por si convocados contra a fraude eleitoral que deu vitória a FRELIMO. Na origem questões de segurança,

Venâncio Mondlane
Foto: Roberto Paquete/DW

Venâncio Mondlane não regressou a capital moçambicana para liderar os mega protestos, como tinha anunciado. O candidato convocou uma onda de greves contra a mega fraude eleitoral que deu vitória a FRELIMO, partido que governa Moçambique há quase 50 anos. 

A falta de segurança originou este cancelamento. A 19 de outubro dois correligionários seus foram mortos com 25 tiros por homens até aqui desconhecidos, eram eles o advogado Elvino Dias e o mandatário do partido Podemos, Paulo Guambe. A barbaridade foi amplamente entendida no país como uma chamada de atenção e até como uma ameaça a Mondlane.

Os protestos de hoje (07.11) são o culminar da terceira fase de greve geral e protestos e são vistos como o momento mais alto do levantamento popular.  

Moçambique encontra-se num "momento crucial", disse à AFP o candidato presidencial independente, numa entrevista antes do protesto desta quinta-feira (07.11).

"Sinto que há uma atmosfera revolucionária... que mostra que estamos à beira de uma transição histórica e política única no país", disse Mondlane, que está atualmente no estrangeiro e disse que não poderia comparecer aos protestos por questões de segurança.

Maputo é palco de protestos nunca antes vistos, impulsionados pela mega fraude eleitoral nas eleições de 9 de outubro. O resultado escandalizou os moçambicanos que não hesitaram em responder aos pedidos do candidato Mondlane.

Moçambique possui um histórico de fraude eleitoral que sempre foi marginalizado pelos dirigentes da FRELIMO, apesar das constantes queixas da sociedade. Também as crises sociais associadas a má governação motivaram a saída as ruas. 

Venâncio Mondlane mostra-se determinado a ir até as últimas consequências. Falando à DW, garantiu: "O limite para atingir os objetivos, que não são apenas meus, mas de todo o povo, seria o momento em que o Governo da FRELIMO vergasse os seus joelhos e aceitasse que deve repor a verdade eleitoral e deve aceitar uma série de condições que o povo vem reivindicando há mais de 50 anos."

 

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