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Venâncio Mondlane: "O sino está a tocar, a chamar por nós"

23 de dezembro de 2024

"Esta é a oportunidade única de organizarmos o nosso país. Acho que a hora já chegou", mobilizou Venâncio Mondlane, pouco antes do CC ler o acórdão. "Vamos cumprir com o combinado", recorrendo ao emblemático Azagaia.

Mosambiks Präsidentschaftskandidat Venâncio Mondlane
Foto: Alfredo Zungia/AFP

Numa live dirigida aos seus seguidores nesta segunda-feira (23.12), o candidato presidencial apoiado pelo Podemos, Venâncio Mondlane começou por desejar a presidente do Conselho Constitucional (CC), Lúcia Ribeiro: "Cada palavra que sair da boca dela, também ela e os seus vão ser curados. Se for palavra para destruir, então ela e os seus também vão ser detruídos. Se for palavra para aprisioar, também ela e os seus vão ser aprisionados. Se for palava para queimar, ela e os seus também vão ser queimados. Se for uma palavra para fazer guerra, ela e os seus nunca mais terão paz nessa vida."

Mondlane pediu intervenção divina, "que o senhor venha em nosso socorro com o nosso machado de guerra".  "O probelma de Moçambique já não é só de Moçambique, é um problema global", sublinhou o candidato.

"Acho que a hora já chegou", repetiu as palavras que proferia Afonso Dhlakama, falecido líder da RENAMO, oficialmente segunda maior força da oposição. "Esta é a oportunidade única! É  momento de agirmos em conformidade com a defesa dos nossos direitos e das nossas liberdades", convocou. 

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"Vamos cumprir com o combinado"

Ainda em jeito de profecia, Mondlane afirmou: "Se da boca da professora Lúcia sair gás lacrimogéneo, bazucas, mísseis, isso vai determinar se o país vai continuar no camino da ditadura, do roubo, da burla, dos raptos, da corrupção, dos assassinatos, ou então o país vai optar por lutar por uma democraca, lutar pela verdade..."

"O povo quer o divórcio com o partido FRELIMO", exigiu Venâncio Mondlane. "Tenho a certeza de que amanhã vamos trazer paz e democracia. Não aceitemos migalhas!"

"Vamos cumprir com o combinado", recordou a palavra de ordem dos protestos contra a fraude eleitoral convocada por ele, desde 21 de outubro. Este era um dos slogans do contestatário rapper Azagaia, já falecido. 

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