Vendedores em perigo na linha ferroviária de Luanda
16 de fevereiro de 2016Publicidade
É um risco que os vendedores ambulantes estão dispostos a correr para conseguir sobreviver – vender roupa e alimentos junto à linha férrea que liga as províncias de Luanda, Kuanza-Norte e Malanje.
Cipriano Abílio, de 42 anos, justifica afirmando que não tem dinheiro para pagar a taxa diária de quase dois euros cobrada pelos agentes da fiscalização dos mercados informais.
“O negócio é pouco. Para vender no mercado é preciso pagar. O negócio que vendo que não chega para pagar os fiscais. Se eu tivesse negócio venderia no mercado”, explica Cipriano. “Esse negócio de sobreviver é de onde sai a renda de casa”.
Há comerciantes que chegam a vender mesmo em cima da via-férrea, removendo os produtos sempre que o comboio se aproxima. “A fome é que nos obriga a vender aqui. Qualquer pessoa que está ao lado da estrada tem noção do perigo que corre”, diz Cipriano Abílio.
Autoridades lançam campanha de sensibilização
Até agora, nenhum dos vendedores foi colhido, mas já morreram dezenas de pessoas na travessia da linha fora das passagens de nível.
Segundo os últimos dados disponíveis, em 2012, 34 peões e automobilistas morreram e 14 ficaram feridos num total de 70 acidentes ferroviários, em que pessoas foram colhidas e viaturas colidiram com a locomotiva, na linha que liga os municípios de Luanda, Viana, Icolo e Bengo.
A direcção do Caminho de Ferro de Luanda (CFL) lançou uma campanha de sensibilização para alertar vendedores, automobilistas e passageiros sobre os perigos da zona. Em cada paragem há agentes da fiscalização do CFL.
No entanto, Timóteo Paz, de 23 anos, argumenta que é por ali que as pessoas passam - e não por outros locais. Por isso, garante, continuará a vender jornais junto à via-férrea. “É mesmo aqui onde há movimento. Nós seguimos onde há movimento, por isso, vendemos aqui”.
Cipriano Abílio, de 42 anos, justifica afirmando que não tem dinheiro para pagar a taxa diária de quase dois euros cobrada pelos agentes da fiscalização dos mercados informais.
“O negócio é pouco. Para vender no mercado é preciso pagar. O negócio que vendo que não chega para pagar os fiscais. Se eu tivesse negócio venderia no mercado”, explica Cipriano. “Esse negócio de sobreviver é de onde sai a renda de casa”.
Há comerciantes que chegam a vender mesmo em cima da via-férrea, removendo os produtos sempre que o comboio se aproxima. “A fome é que nos obriga a vender aqui. Qualquer pessoa que está ao lado da estrada tem noção do perigo que corre”, diz Cipriano Abílio.
Autoridades lançam campanha de sensibilização
Até agora, nenhum dos vendedores foi colhido, mas já morreram dezenas de pessoas na travessia da linha fora das passagens de nível.
Segundo os últimos dados disponíveis, em 2012, 34 peões e automobilistas morreram e 14 ficaram feridos num total de 70 acidentes ferroviários, em que pessoas foram colhidas e viaturas colidiram com a locomotiva, na linha que liga os municípios de Luanda, Viana, Icolo e Bengo.
A direcção do Caminho de Ferro de Luanda (CFL) lançou uma campanha de sensibilização para alertar vendedores, automobilistas e passageiros sobre os perigos da zona. Em cada paragem há agentes da fiscalização do CFL.
No entanto, Timóteo Paz, de 23 anos, argumenta que é por ali que as pessoas passam - e não por outros locais. Por isso, garante, continuará a vender jornais junto à via-férrea. “É mesmo aqui onde há movimento. Nós seguimos onde há movimento, por isso, vendemos aqui”.
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